O despertador toca, 5:30h da manhã. Rapidamente pulo da cama. Faltavam poucos minutos para todos se reencontrarem novamente. Desta vez o time estaria completo. Ainda com sono começo a preparar as coisas para o grande dia, enfim, seríamos VIP.
Porém o pensamento maior de todos era, como vamos dar a tal volta na pista? Quem devemos procurar? Como vai funcionar? Dúvidas pairavam na cabeça quando chega a hora de pegar nossos nobres (VIPs) colegas. Mais uma vez com certo atraso por conta da velocidade dos trens e na procura do nosso tradicional manto, nos reunimos novamente no metro Barra Funda para iniciarmos a nossa jornada "à lua".
Pontualmente às 8h, sem transito e sem a correria usual, estacionamos o carro nas imediações do autódromo e partimos em direção ao portão 7. Ao contrário de sábado, o dia estava frio e uma constante ameaça de chuva e garoa formava-se. Tão logo estávamos no portão de entrada, surge, surpreendentemente pontual, nosso inestimado presidente com a familia. A torcida estava pronta e unida para festa em plena entrada do portão 7.
Credenciais no peito, adentramos no complexo já conhecendo o caminho a ser seguido: descer e passar por debaixo da reta dos boxes, e depois de passar o laranjinha, subir e caminhar até a parte de trás dos boxes.
Nesta hora, por conta das credenciais diferentes, tivemos que nos separar, Marcos, Gui e Carola ficaram na ala da Brigestone, a mesma onde fiquei no GP Brasil de F-1 de 1990 e nós fomos para o Paddock, ansiosos para chegar logo o local em que ficaríamos.
Enquanto procurávamos a entrada certa do camarote da Volkswagen Caminhões e Ônibus, passamos novamente pelos boxes improvisados da Top Race que, naquele instante, começava a ligar os motores para a primeira bateria da manhã. Mesmo sem entender o porque desta bateria com 10 carros na pista, paramos para ver a movimentação nos boxes.
Findada a curiosidade dos "novatos", descobrimos a porta de entrada do camarote e lá fomos nós subindo as escadas. Com a credencial devidamente autenticada e o braço carimbado, como controle (me lembrou os tempos em que eu ia ao Playcenter), fizemos nosso cadastro junto à organização que nos retribui com a seguinte pergunta: - De qual empresa que vocês fazem parte? - A resposta, feita rapidamente, foi Blog a GGOO, é claro. Findada a etapa cadastral era hora de receber um boné e tomar um merecido café da manhã com direito a pão de queijo, suco, café, pão recheado e tudo mais.
Após um merecido café, uma vez que o frio começava a ficar cada vez mais intenso, tivemos o prazer de reencontrar a Babi, amiga do Jimmy e que comanda o blog Velocidade e que invadiu a pista conosco na primeira etapa de São Paulo na GT3 Brasil. Fofoca colocada em dia, estava na hora de procurar pela Fernanda para conseguir a tão sonhada pulserinha que daria direito a dar uma volta de caminhão pela pista de Interlagos.
Tão logo fomos procurá-la, ela apareceu toda sorridente, com etiquetas na mão para colocar nas respectivas credenciais. O nosso sonho estava se tornando realidade. A chance de dar uma volta na pista se aproximava a cada minuto.
Como nosso "trofeu" em mãos, fomos dar um giro pelos boxes, apreciar o warm up da Formula Truck e encontrar o Marcão, que, diz as más-línguas só comia no camarote. Mais uma vez tivemos contato com alguns pilotos, reencontramos Wilsinho Fittipaldi, falamos com o Thiago Camilo, observamos Jacques Villeneuve se preparar, fizemos algumas compras de produtos oficiais e, quando deu 10:15h, voltamos ao camarote para aguardar as instruções de como deveríamos proceder para o tal do Truck Test.
O frio aumentava e com ele a necessidade de tomar um chocolate quente com creme de chocolate com avelã fazia com que a fila do café ficasse confusa. Para complicar, os videogames instalados no nosso local simplesmente apagaram. Parecia até que, com um suposto pico de energia, todos eles tivessem queimados, mas não, no final do dia ele estavam funcionando novamente.
Neste interim, ainda aproveitamos para participar do concurso Click Truck, que tinha direito a empréstimo de máquinas e coletes de identificação. As fotos extras ficaram a cargo deste que vos escreve e da Fernanda, com sua máquina cor-de-rosa choque.
Porém, um anúncio é ouvido pelos auto-falantes do camarote, era a hora do Truck Test. Todos, então, tinham que ficar em uma fila indiana e seguir o caminho estipulado. Algumas pessoas andariam de caminhão e outras andariam de ônibus, o do Santos e do Corinthians, que pelo que pudemos observar, não tiveram grande aceitação. Todos ali queriam era andar no caminhão mesmo.
A fila começava na entrada do S do Senna e chegava até o seu final, sem ninguém reclamar da fila, do trânsito e tudo mais. O clima era de felicidade total, o frio e a garoa fina não incomodavam mais.
No ônibus do Corinthians não quisemos entrar, preferimos andar no caminhão normal e, o mais legal, todos fomos juntos. Começava a nossa volta à órbita. Inesquecível passar pelas curvas tão famosas e que sabemos de cor e salteado os seus nomes, relembrar o exato local onde presenciamos uma das maiores alegrias e uma das maiores decepções dentro de Interlagos, ver como o traçado é seletivo, com subidas, descidas, curvas cegas, relembrar onde fica o setor G, tudo isso em apenas 5 minutos, que foi o tempo de duração da volta. Inesquecível. Cada instante presenciado ali, naqueles eternos minutos, deram a sensação de que, por alguns instantes, aquilo tudo fosse nosso e nós eramos parte do show.
Ainda em êxtase total, de pernas trêmulas, fomos ao encontro do nosso presidente, na entrada dos boxes. Ele ainda não havia andado. Logo chegou a sua vez. Desejamos sorte. Quando voltou, o seu sorriso ia de orelha a orelha. Todos estavam sem palavras para descrever o que acabávamos de passar.
Chegava ao fim a visitação e o passeio pela pista, era hora de assistir as corridas. Porém antes, tivemos a oportunidade de tirar a nossa foto oficial, já característica quando vemos corridas juntos.
Fomos todos aos nossos respectivos lugares. Chegando lá, aproveitamos que era hora do almoço para descansarmos e reservarmos um lugar "na grade" para vermos a Top Race e comermos o churrasco oferecido.
Logo em seguida era a vez da categoria xodó, a F-Truck, que deu um espetáculo de belas disputas no pelotão intermediário, pelo que pudemos apreciar pelos telões espalhados pelo telão.
Terminada a corrida, ficou uma pergunta a ser respondida: Alguém conseguiu comer um churros?
Um GGOO encontro estava marcado para acontecer logo em seguida, mas, cansados, exaustos e ainda maravilhados com este dia, preferimos adiar para uma nova oportunidade.
Que chegue logo outubro, e com ele, o GP Brasil.