sexta-feira, 30 de novembro de 2007

COLUNA DO ROQUE: SGT. PEPPERS E UM BEATLE NO AUTOMOBILISMO

No dia 1º de junho de 1967 ouviram soar do clarim, o som máximo de uma geração inteira.
Tratava-se de um álbum arrasador dos Beatles. A Sinfonia Hippie nº 1, o disco que entrou para a História com o título Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band.
Começando só com uma vaga idéia do que queria fazer em seu novo álbum, os Beatles agora estavam começando a fazer algo realmente interessante. A essência é a liberdade.
Os Beatles viveram juntos naquele foguete rumo a fama e se tornaram, por conseguinte, um quarteto invencível. Ninguém havia passado pela mesma experiência, ninguém mais compreendia. Eles pareciam encontrar muita inspiração na presença um do outro. Havia um tipo de amor entre os quatro, um certo sentimento que lhes dava força. Era o famoso caso do total maior que a soma de suas partes. Muito embora o mundo os aceitasse de braços abertos, esse mundo podia ser, de várias formas, seu inimigo.
No estúdio, até que George Martin participava do grupo; cada voz era ouvida de modo igual. Mas tão logo saíam dos estúdios, no meio da noite, eles se fechavam novamente, retornando a sua unidade hermeticamente fechada. Nem mesmo Brian Epstein conseguia penetrar naquela concha.

John Lennon e Paul McCartney, em particular, eram muito bons amigos; eles se amavam de verdade. Partilhavam um espírito de aventura e uma pequena e modesta ambição de infância: queriam sair para conquistar o mundo. Entretanto, podia-se sentir a rivalidade entre eles, intensa e real apesar do afeto que os unia. Quando John saía com uma tremenda musica que evocasse, digamos, sua própria infância, como em Strawberry Fields Forever, Paul respondia com uma vencedora do mesmo calibre. Penny Lane. Era típico do modo como trabalhavam a parceria. A rivalidade criativa os mantinha em escaladas individuais – e conserva os Beatles no topo. John escrevia In My life e subia um degrau; Paul alcançava um degrau ainda mais alto com Yesterday. Muitas vezes eles se ajudavam em uma música, se estivessem a fim – independentemente dos créditos dados à dupla. Na maioria das vezes, entretanto, eles se emulavam com os brilhantes exemplos de seus esforços individuais.


O som dos Beatles era uma marca registrada, com os quatro tocando e cantando juntos. Mas eles não estavam contentes só com isso. Ficavam cantarolando, reiventando-se a si mesmos e á sua música. Os Rolling Stones, por seu lado, nunca variavam muito o seu som. Mesmo os Beach Boys não introduziram muita variedade à sua fórmula básica. Mas enquanto os Beatles cresciam musicalmente, particularmente durante a gravação de pepper, cada faixa que saia era uma nova experiência. Não eram apenas um grupo, eram muitos. Com Pepper, estavam criando liberdade.

Ao mesmo tempo em que toda essa controvérsia psicodélica se desenvolvia, os Beatles tinham dado um intervalo às drogas para procurar um barato natural. Neste esforço, pelo menos, George era o líder. No intervalo entre a última turnê e Sgt Peppers, ele foi a India estudar com o concertista de sitar Ravi Shankar; lá ficou fascinado pela riqueza da vivencia religiosa indiana. George sempre foi ao mesmo tempo muito receptivo e obstinado. E, assim como sangrava os dedos para aprender a tocar violão, buscou a sabedoria espiritual de forma monomaníaca. Assim, devorou um livro atrás do outro, comunicando entuasiasticamente tudo que aprendia aos outros Beatles.

Começando só com uma vaga idéia do que queria fazer em seu novo álbum, os Beatles agora estavam começando a fazer algo realmente interessante. Os Beatles viveram juntos naquele foguete rumo à fama e se tornaram, por conseguinte, um quarteto invencível. Ninguém havia passado pela mesma experiência, ninguém mais compreendia. Eles pareciam encontrar muita inspiração na presença um do outro. Segundo Martin (1995) “havia um tipo de amor entre os quatro, um certo sentimento que lhes dava força. Era o famoso caso do total maior que a soma de suas partes. Muito embora o mundo os aceitasse de braços abertos, esse mundo podia ser, de várias formas, seu inimigo.”

Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club band foi a música que engatilhou toda a idéia de o álbum tornar-se “conceitual”. De uma estranha maneira, o próprio Elvis Presley quem inspirou esta idéia. Parece que uma vez ele enviou seu cadilac para uma turnê, sem acompanhá-lo. Aquela maluquice era algo que os Beatles curtiram e sobre a qual faziam piadas, uma idéia que, semeada, acabou por germinar. Desta forma, os Beatles estavam determinados a dar ao novo álbum algo que eles nunca haviam tido antes – tempo.

Além de alterar a forma como a musica pop era vista, mudou para sempre todo o esquema das gravações. Nada sequer remotamente parecido com Pepper havia sido ouvido antes. Veio numa época em que as pessoas estavam sedentas por algo novo, mas mesmo assim sua novidade pegou-as de surpresa.

Sgt. Pepper foi, para encurtar, todas as coisas para todas as pessoas. Mundo olhou para ele e viu o que quis. Como toda boa musica pop, o disco refletiu – de um jeito não muito sistemático – sua gente e seu tempo. Mesmo assim, muitos pensaram que fosse um recado específico. Houve tantas “interpretações” de sua “mensagem” quanto pessoas querendo ouví-lo – e cismando com a capa.

Como seus criadores, Pepper foi mais em seu todo do que a soma de suas partes. Individualmente, as faixas podiam se perder em alguns casos, era bem pra frente. Juntas, no entanto, formavam algo rico e estranho – algo que desafiava o recorte e a separação das músicas.

Mas isso tem à ver com Automobilismo? Sim!

George Harrison, ainda na sua loucura transcendental, nos idos de 1967, conheceu a Formula 1 e se transformou em fanático por automobilismo. Acompanhava várias corridas na Inglaterra.

Conheceu Emerson Fittipaldi no começo dos anos 70 quando Emerson era um campeão mundial e corria na lendária Lotus inglesa. Ficaram amigos. Emerson quando ia a Londres, hospedava-se em Friar Park. E retribuiu a gentileza ao hospedar Harrison em 1979 durante a visita deste ao Brasil para o GP daquele ano, na única vez em que veio por estas bandas, antes de falecer. Dada essa amizade, Harisson chegou até a fazer uma versão especialissima de Here Comes de Sun para Emerson, veja aqui.




Além disso, chegou a gravar um single (ou EP, pros mais antigos), terceiro single da carreira solo, chamado Faster (composta em 1977), que ajudou a angariar fundos para um fundo contra o Câncer. Este single foi inspirado em Jackie Stewart e Niki Lauda e dedicado a todo o circo da Fórmula 1!


Para quem não conhece a letra, cá esta ela:


FASTER (clique e veja o clipe da música)


Chose a life in circuses

Jumped into the deepest end

Pushing himself to all extremesMade it - people became his friend.

Now they stood and noticed him

Wanted to be part of itPulled out some poor machinery

So he worked 'til the pieces fit.

The people were intrigued

His wife held back her fears

The headlines gave acclaim

He'd realized their dreams.

Faster than a bullet from a gun

He is faster than everyone

Quicker than the blinking of an eye

Like a flash you could miss him going by

No one knows quite how he does it but it's true they say

He's the master of going faster.

Now he moved into the space

That the special people share

Right on the edge of do or die

Where there is nothing left to spare.

Still the crowds came pouring in

Some had hoped to see him fail

Filling their hearts with jealousies

Crazy people with love so frail.

The people were intrigued

His wife held back her fears

The headlines gave acclaim

He'd realized their dreams.

Faster than a bullet from a gun

He is faster than everyone

Quicker than the blinking of an eye

Like a flash you could miss him going by

No one knows quite how he does it but it's true they say

He's the master of going faster.

No need to wonder why

His wife held back her fears

So few have even tried

To realize their dreams.

Faster than a bullet . . . (repeat chorus)


quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Iceman: "Sorria, Você Está Sendo Filmado"

Fernando Alonso
Sim, sim, sim, eu sou contraditório, sou a contra-cultura, sou o neo-beatnick assumido, criticado por muito e adorado por poucos. Como diria Nietzche, sou “só para os raros”. E por que estou eu aqui escrevendo essas afirmações narcisistas e arrogante? Porque sei que serei criticado, portanto, como bom leonino, eu gosto de chamar a atenção, mas com muita calma e já preparando o terreno para o que vem por ai.
Como é a primeira vez que eu contribuo com o blog, gostaria de falar de um gênio, que se destacou no seu primeiro treino de classificação, que bateu quase todos os recordes da Fórmula 1 atual, que venceu, venceu, venceu e não se cansou de vencer.
Não! Não vou expor seus recordes, seus números, suas façanhas. Vou falar do pós-Schumacher, o Schumacher de dois dias de treinos depois de parado, o Schumacher da pista de kart de um evento de final de semana, o Schumacher gordo e despreparado que deixou uma simples mensagem, eu poderia...

Eu poderia ser campeão mundial com o pé nas costas.
Eu poderia não parar de correr e obter mais títulos.
Eu poderia voltar a correr e ser competitivo.

Mas, e sempre tem o “mas”, barramos nas possíveis possibilidades e dúvidas, afinal, há nas pistas um carrasco de Schumacher dos últimos anos. Fernando Alonso, que mesmo com o terceiro lugar no mundial deixa uma simples mensagem.

Eu poderia ser campeão mundial com o pé nas costas.
Eu dei um carro veloz à McLaren e fui sabotado.
Eu não perdi o título de 2007, o tiraram de mim.

E então podemos colocar abaixo uma simples mensagem, mesclando as duas.

Eu poderia ser campeão mundial com o pé nas costas.
Mas eu também, afinal vocês não tinham o melhor carro.
Eu poderia não parar de correr e obter mais títulos.
Mas eu não parei de correr e só não obtive mais títulos porque dei um carro veloz à McLaren e fui sabotado.
Eu poderia voltar a correr e ser competitivo.
Mas eu não perdi o título mundial de 2007, o tiraram de mim.

A verdade é que toda confusão e até os maus resultados de Alonso em 2007 e a surpresa de Lewis Hamilton ofuscaram uma verdade que todos temem em assumir, Michael Schumacher perdeu o título mundial para Fernando Alonso em 2006, em um combate direto.
Foi a única vez e o alemão perdeu. Se a Renault era melhor no começo da temporada, a Ferrari foi melhor no final. E quem não se lembra do mass-dumping da Renault, das asas flexíveis da Ferrari, de Alonso brigando com a FIA, sendo punido por fechar Robert Dornboos, e quem se esquece de Schumacher estacionando o carro em Mônaco. Foi uma disputa de gigantes e Schumacher jogou a toalha no ano seguinte, afinal, não precisava provar mais nada, e Alonso é o único que, em condições de igualdade, pode falar que venceu Schumacher na pista.
E por que não jogar um pouco mais de água no chopp do alemão? Como o Dick Vigarista virou o amigão de todos? Até 2004 ele era tido como o vilão, o malvado, sua face demonstrava sua superioridade. Quem não o vaiou na Áustria em 2003? Ou em Adelaide em 1994? E quem não vibrou quando seu "replay" da manobra de sucesso em Damon Hill não deu certo com Jacques Villeneuve em 1997? De repente, perdendo o título de 2005, o alemão aceitou que tinha um carro inferior e começou a trabalhar com um pouco mais de simpatia, estampou sorrisos no rosto, roupas estapafúrdias e virou de vilão a herói, passando o posto para Alonso, o sisudo espanhol com cara de arrogante, ar compenetrado e palavras duras de complôs, predileções e afins.
Marketing puro. Hoje Schumacher é adorado, Hamilton é adorado, no passado, Ayrton Senna foi endeusado por ter conquistado o público, a imprensa, a simpatia. Depois de 10 anos, Schumacher aprendeu e encerrou sua carreira sem títulos, mas com a simpatia que acabou eliminando todo o péssimo marketing da carreira inteira. Foi o grave erro de Piquet, está sendo o grave erro de Fernando Alonso. E é engraçado como o mundo gira e os objetivos aparecem. No contrato pré-assinado em 2005 com a McLaren, Fernando Alonso disse que não tinha pretensões de se prolongar na F-1, que sua meta era ter três títulos, já era bi-campeão do mundo, o mais novo deles. Era genial. Mas, de repente, ele tem que provar ao mundo que é melhor do que um novato, que ainda tem muita lenha para queimar. Coisas da vida, o mundo é redondo... e gira. Um dia você está no topo, um dia se segura para não cair. E em 2008 Alonso tem que provar que pode mais, é verdade que tem dois títulos ganhos em cima de dois campeões mundiais, um deles em cima do maior gênio da Fórmula 1, tem um currículo invejável, mas se jogar a toalha agora, sai pelos fundos, com uma amarga derrota, e sem nenhuma simpatia, será o gênio apático, terá suas façanhas apagadas, por duas coisas simples, um pouquinho de humildade e uma pitada de simpatia.
Sorria Alonso, você está sendo filmado.
Copyright®Iceman.2007

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Desafio das estrelas (kart)

Florianópolis viveu momentos inesqueíveis neste 24 e 25 de novembro de 2007. Foram dias memoráveis onde a confraternização de fim de temporada uniu os grandes pilotos de F1, IRL, Stock Car, GP2, Formula Truck e Moto GP, feras da história e do presente...
Entre eles um tal de Michael Schuamcher 7 vezes campeão mundial de F1, aposentado das competições oficiais, que acabara de dar um show particular nos testes de Barcelona a cerca de 2 semanas atras. Em Florianópolis Schumacher nos fez relembrar como é facil vencer a uma corrida, não importando o tamanho de seu "brinquedo"...

Vimos talentos do futuro como Nelsinho Piquet e Lucas di Grassi, da realidade Felipe Massa, uma fera do kartismo brasileiro como Barrichello, do passado como Roberto Moreno e Gil de Ferran, as feras da Stock car como Luciano Burti que os representou em grande estilo, pilotos estrangeiros como Luca Badoer test driver da Ferrari e Tony Kanaan e Vitor Meira que carregam a bandeira do Brasil lá pelas terras do Tio Sam...

Sem duvida uma bela festa que ficará marcada até a próxima edição, Felipe Massa é quem organiza este desafio que a cada ano nos proporciona o prazer e a oportunidade de reviver os pegas de antes e de hoje no mundo do automobilismo. Parabens Felipe Massa. Parabéns e obrigado a Michael Schumacher, é sempre uma honra poder acompanhar mais um de seus espetáculos e deixo-lhe um pedido... *** Schumacher, volte para a FÓRMULA 1*** Ainda tem gás e talento para deteorar, pulverizar e aumentar seus recordes, como por exemplo a vitoria de numero 100, faltam 9 apenas... VOLTA SCHUMI....

sexta-feira, 16 de novembro de 2007

Máquina do Tempo: GP Brasil 1990

GP Brasil 1990 - 23 a 25/03/1990

GP Brasil de volta a São Paulo, depois de 10 anos em Jacarepaguá (RJ). Pista nova, traçado novo que cortava a pista velha por meio de um S, sugerido por Ayrton Senna, o S do Senna. Após ameaçar tirar a super lincença de Senna, os ânimos estavam voltando ao lugar na segunda etapa do mundial. Era a minha primeira experiência na Fórmula 1.

Desde sexta, na sala VIP da Shell, pude acompanhar a chegada dos pilotos, vaiar o Ballestre, xingar o Prost. Tudo era festa.

Na sexta, durante a visitação dos boxes, um encontro inesperado com Roberto Pupo Moreno, piloto da Eurobrun, que não havia passado da pré qualificação (que saudades, quantos carros...), que falou sobre a pista, o carro e de como era a pista.

Ao caminhar pelo pit lane, todo o agito se concentrava nas duas maiores estrelas da época, Alain Prost, na Ferrari nº 1 e Ayrton Senna, na McLaren nº 27. Rivais, que decidiram o mais polêmico título, até então, por meio de uma batida, e uma desqualificação injusta.


No sábado, nos treinos livres, um susto, Senna roda no S do Senna e abandona o treino, aflição no ar...Porém no treino qualificatório, no último segundo, o rei da pole position conseguiria mais um milagre, a pole era dele. Festa da Galera!

No domingo, Senna larga em primeiro, Berger em segundo, Prost em quarto...mas para estragar a festa havia uma Tyrrel, de Nakajima, que ao abrir e fechar o bico de pato, acabou batendo no carro de Senna.

No final, vitória do rei do Brasil (a última vitória de Prost no Brasil), com Berger em segundo e Senna em terceiro completando o pódio.

Aqui temos um resumo da corrida, na voz de Galvão Bueno.

Abraços e até a próxima.

Bem vindo a GGOO!

"GGOO!!!"(Galera do "G" Organizada no Orkut)

Fórmula 1 - GP Brasil - Setor G

Em comum a paixão pela Fórmula 1, o ingresso para o mesmo setor do GP Brasil, a loucura...

De diversos pontos do país, foram unidos pelo destino através do orkut, organizaram-se via "méciene" (msn) e agora AGÜEEENTA!!! todo mundo uniformizado na fila e nas arquibancadas de Interlagos...

Pra toda a galera que assiste, e/ou, assistiu aos GP´s de F1 em Interlagos no setor G, o setor mais divertido de todo o autódromo.

Assim, este é mais um meio para todos comentarem, postarem, recordarem, se divertirem e tudo mais...

Sejam bem vindos...