segunda-feira, 26 de agosto de 2013

O fominha*

* Por Luis Fernando Ramos


Enquanto o vencedor Sebastian Vettel sorria à vontade no alto do pódio de Spa-Francorchamps, os pilotos que ocupavam os outros degraus estavam de cara amarrada. A performance dominadora do atual tricampeão mundial sinalizou em alto e bom som que o quarto título está bem encaminhado. Para desgosto de Fernando Alonso e de Lewis Hamilton, 2º e 3º colocados do GP da Bélgica, respectivamente.

Vettel assumiu a liderança ultrapassando o pole Hamilton logo na primeira volta, pegando o vácuo da Mercedes do inglês na Eau Rouge e fazendo uso do Kers para completar a manobra. Depois, desapareceu na frente. Foi o líder ao final de todas as 44 voltas e marcou também a melhor volta da corrida. Um verdadeiro passeio que tirou muito da emoção da prova - sem a chuva, o GP da Bélgica foi uma das corridas mais chatas do ano. Não para o vencedor, claro.

- O carro parecia um foguete, não imaginei que ele estivesse tão bem. Para quem assistia  pode não ter sido muito divertido. Mas guiar um carro assim num circuito como este é uma das coisas mais divertidas que se pode fazer. Acho que o resultado de hoje é a tradução disso - disse o líder do Mundial.

Quem garantiu um mínimo de emoção para a 11º etapa do campeonato foi o espanhol Fernando Alonso, que ganhou cinco posições na primeira volta e outras duas ao longo da corrida para terminar em segundo lugar. Estranhamente, depois de uma performance tão boa não havia nenhum mecânico da equipe comemorando a passagem de Alonso na linha de chegada - e o espanhol mudou a trajetória de seu carro para passar bem longe do muro dos boxes. Sinais de crise em Maranello? Falando depois aos jornalistas, restou ao espanhol silenciar sobre o tema. E escancarar novamente a sua tática “vodu” para buscar o título da temporada - sua diferença para Vettel no momento é de 46 pontos:

- Sabemos que isto pode mudar em poucas corridas. Precisamos iniciar uma série de vitórias e estamos trabalhando para que isso aconteça. E torcer para que, em alguma largada, alguém bata no carro dele ou que ele sofra uma quebra mecânica. Precisamos de algum tipo de ajuda.

E, para Alonso e Ferrari, é bom que isto aconteça logo. A próxima etapa do Mundial, no dia 8 de setembro, é o GP da Itália. Monza estará lotada com os fanáticos tifosi loucos para ver um resultado positivo.

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