* Por Fábio Seixas
A “Autosprint” desta semana traz uma reportagem que ajuda a entender o estado das coisas na Ferrari.
O ponto de partida é a chegada a Maranello de James Allison, diretor técnico da Lotus até maio e grande responsável pela boa forma da equipe inglesa.
Na Ferrari, Allison será responsável pelo desenvolvimento do chassi. O que, dentro da estrutura da equipe, significa uma revolução.
Desde o desmoronamento do seu “Dream Team”, no fim de 2006, a Ferrari busca um caminho, uma escola a seguir. E decidiu, naquela ocasião, que a McLaren era o modelo de excelência a ser copiado.
Não por coincidência, contratou muita gente de Woking nos últimos anos: Nicholas Tombazis e Pat Fry, principalmente, e que levaram com eles muitos técnicos de segundo escalão, como Rupad Darekar e David Sanchez, especialistas em aerodinâmica.
A chegada de Allison muda isso. É quase uma admissão de erro. E é uma clara correção de rota após a falta de títulos.
(O de Raikkonen em 2007 ainda foi herança da turma de Todt, Brawn e cia.)
Domenicali continuará como todo-poderoso chefe da equipe _o que acho um erro.
Fry e Allison responderão diretamente a ele, respectivamente como “diretor de chassi” e “diretor de engenharia”.
Na prática, Fry perdeu espaço e prestígio. Não terá espaço no desenvolvimento do carro. Cuidará de tudo, explica a “Autosprint”, menos do carro.
A Ferrari abandona a “escola McLaren”.
E é de se esperar, nos próximos meses, um intenso vai-e-vem de engenheiros, com a inevitável desidratação do quadro técnico da Lotus. Da mesma forma, é de se esperar que a Ferrari fique por onde está em 2013: Allison só começa em 1º de setembro. A Red Bull agradece.
Pode dar certo, pode não dar. Mas é uma tentativa, e isso já merece atenção.
Mas volto a bater na tecla já desgastada após tantos anos: não entendo o prestígio de Domenicali.
Se alguém souber explicar o que ele fez ou faz para se manter no cargo, por favor, eu agradeço.
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