segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Balanço de verão: pilotos*

* Por Luis Fernando Ramos


Para encerrar nossa avaliação da primeira metade do Mundial, vamos falar das estrelas do espetáculo. Numa era com quatro nomes especiais no grid e sem testes para que novos nomes se desenvolvam, não é surpresa que os três melhores sejam nomes para lá de estabelecidos.

1) Sebastian Vettel
O título do ano passado foi conquistado de maneira suada, mas Vettel viu muita gente louvando os esforços do vice Fernando Alonso, que fez uma temporada praticamente perfeita, tirando de seu carro o máximo (ou às vezes mais que isso) em cada etapa disputada. Se o alemão se incomodou ou não com isso, nunca saberemos. Mas a sua temporada de 2013 até aqui vai na mesma toada: vitória nas corridas em que o carro da Red Bull foi superior, quartos lugares nas provas em que o RB9 esteve mal. Quer mais? Superou Mark Webber em todas as classificações e estaria disparado na liderança do Mundial não fosse uma quebra na Inglaterra, quando estava em primeiro lugar a poucas voltas do final. Desse jeito, difícil para Vettel em 2013 só mesmo repetir no segundo semestre o nível inacreditável do primeiro. Mas não duvidemos.

2) Kimi Raikkonen
Seis pódios em dez corridas, pontos em todas, recorde de corridas nos pontos em sequência: Kimi Raikkonen continuou em 2013 a forma incrível do ano passado. O ritmo de prova é invariavelmente forte, assim como a decisão nas disputas por posição - ninguém sabe quando passar, como segurar ou quando reconhecer que se é batido numa manobra e desistir da briga com o menor prejuízo possível. Se tivesse um carro melhor em classificação, provavelmente teria mais vitórias. Com o que tem, dificilmente conseguirá o título. Mas merece muito o vice.

3) Lewis Hamilton
O inglês começou bem o ano pela Mercedes, conseguindo bons resultados com um carro ainda problemático. Curiosamente, deu uma caída bem no momento em que o time cresceu, deixando pole-positions e os holofotes para o companheiro Nico Rosberg. Depois viemos a saber que foi justamente nesta época que ruiu sua relação com a namorada Nicole Scherzinger. Quando Hamilton se reencontrou, voltou a encantar com voltas fantásticas aos sábados. E uma merecida primeira vitória com o novo time na Hungria. Tem tudo para seguir crescendo até o final do ano.

Pior) Estebán Gutierrez
Tudo bem que a Sauber faz uma péssima temporada e vive dias turbulentos, mas era de esperar bem mais do estreante mexicano. Ter sido superado pelo bom Nico Hülkenberg em todas as classificações nem é tão grave quanto a sua posição média no grid até aqui: 17,2. Gutierrez ficou no Q1 em seis ocasiões e fez algumas lambanças em corrida também, a mais notável sendo a colisão com Adrian Sutil no GP da China. Por enquanto, só ficou devendo, o mexicano.

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