quinta-feira, 22 de agosto de 2013
Ricciardo levaria Red Bull de volta às origens*
* Por Luis Fernando Ramos
Ainda não é confirmado, mas os comentários do empresário de Kimi Raikkonen e a matéria publicada pelo Sport Bild - assinada por jornalistas próximos a Helmut Marko - indicam que a escolha da Red Bull para substituir Mark Webber em 2014 será mesmo Daniel Ricciardo. O que indicaria uma vitória do consultor austríaco sobre Christian Horner no duelo político interno da equipe.
O que seria, a meu ver, um erro.
Ter uma dupla formada por Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo seria colocar a Red Bull de volta às suas origens. Nas suas duas primeiras temporadas, o time de Milton Keynes era composto de um líder vencedor de corridas - no caso, David Coulthard - e de um novato de nível apenas regular - Christian Klien na maior parte das corridas, mas com participações esporádicas de Vitantonio Liuzzi e Robert Doornbos neste papel.
Os resultados eram óbvios. Enquanto o escocês mantinha uma boa regularidade nos resultados, a performance do mediano era apenas média (ora, pois), pontuada por alguns abandonos por colisão ou saídas de pista.
Naquela época o time ainda estava em fase de crescimento e se destacava mais pelas modelos que frequentavam o motorhome e não pelos pontos marcados na pista. Então isto não era necessariamente um problema. Mas a Red Bull de 2014 viverá o maior desafio de sua história: tentar manter uma incrível hegemonia em cima de uma enorme mudança técnica nos carros e lutando contra rivais muito fortes.
A Mercedes provou neste ano que possui uma dupla vencedora e que a performance individual de cada piloto cresce com o desafio interno - vide a alternância de forma entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg observada até aqui. Há também o burburinho que o motor V6 que eles estão construindo em Brixworth será o melhor, pelo menos na fase inicial do regulamento.
Para enfrentar um desafio desses, a Red Bull deveria investir numa dupla comprovadamente forte. Um Kimi Raikkonen disponível no mercado e louco por um carro mais competitivo era uma chance de ouro para confirmar isso. Mas Marko queria prestigiar o seu programa de jovens pilotos. E, aparentemente, fez prevalecer o seu desejo.
Sinceramente, não vejo Daniel Ricciardo capaz de sentar lá e dar conta do recado. Não é um piloto ruim. É, certamente, melhor que Klien, Liuzzi e Doornbos. Mas já deu amostras de que também não é excepcional. Em uma temporada e meia correndo ao lado de Jean-Eric Vergne na Toro Rosso, a performance dos dois é equilibrada: o australiano se sai melhor nos treinos, o francês em ritmo de corrida.
É uma situação bem diferente do Sebastian Vettel que subiu para a “matriz” em 2009. No ano anterior, ele havia dominado completamente o seu xará Bourdais - que não era nenhum bobo. E a regularidade do alemão era impressionante. Assim, quando chegou para correr ao lado de Mark Webber, Vettel não era um novato sobre o qual se colocavam questionamentos.
Sobre Ricciardo, ainda pairam muitos.
Ainda não é confirmado, mas os comentários do empresário de Kimi Raikkonen e a matéria publicada pelo Sport Bild - assinada por jornalistas próximos a Helmut Marko - indicam que a escolha da Red Bull para substituir Mark Webber em 2014 será mesmo Daniel Ricciardo. O que indicaria uma vitória do consultor austríaco sobre Christian Horner no duelo político interno da equipe.
O que seria, a meu ver, um erro.
Ter uma dupla formada por Sebastian Vettel e Daniel Ricciardo seria colocar a Red Bull de volta às suas origens. Nas suas duas primeiras temporadas, o time de Milton Keynes era composto de um líder vencedor de corridas - no caso, David Coulthard - e de um novato de nível apenas regular - Christian Klien na maior parte das corridas, mas com participações esporádicas de Vitantonio Liuzzi e Robert Doornbos neste papel.
Os resultados eram óbvios. Enquanto o escocês mantinha uma boa regularidade nos resultados, a performance do mediano era apenas média (ora, pois), pontuada por alguns abandonos por colisão ou saídas de pista.
Naquela época o time ainda estava em fase de crescimento e se destacava mais pelas modelos que frequentavam o motorhome e não pelos pontos marcados na pista. Então isto não era necessariamente um problema. Mas a Red Bull de 2014 viverá o maior desafio de sua história: tentar manter uma incrível hegemonia em cima de uma enorme mudança técnica nos carros e lutando contra rivais muito fortes.
A Mercedes provou neste ano que possui uma dupla vencedora e que a performance individual de cada piloto cresce com o desafio interno - vide a alternância de forma entre Lewis Hamilton e Nico Rosberg observada até aqui. Há também o burburinho que o motor V6 que eles estão construindo em Brixworth será o melhor, pelo menos na fase inicial do regulamento.
Para enfrentar um desafio desses, a Red Bull deveria investir numa dupla comprovadamente forte. Um Kimi Raikkonen disponível no mercado e louco por um carro mais competitivo era uma chance de ouro para confirmar isso. Mas Marko queria prestigiar o seu programa de jovens pilotos. E, aparentemente, fez prevalecer o seu desejo.
Sinceramente, não vejo Daniel Ricciardo capaz de sentar lá e dar conta do recado. Não é um piloto ruim. É, certamente, melhor que Klien, Liuzzi e Doornbos. Mas já deu amostras de que também não é excepcional. Em uma temporada e meia correndo ao lado de Jean-Eric Vergne na Toro Rosso, a performance dos dois é equilibrada: o australiano se sai melhor nos treinos, o francês em ritmo de corrida.
É uma situação bem diferente do Sebastian Vettel que subiu para a “matriz” em 2009. No ano anterior, ele havia dominado completamente o seu xará Bourdais - que não era nenhum bobo. E a regularidade do alemão era impressionante. Assim, quando chegou para correr ao lado de Mark Webber, Vettel não era um novato sobre o qual se colocavam questionamentos.
Sobre Ricciardo, ainda pairam muitos.
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