* Por Lívio Oricchio
Quando Rubens Barrichello se apresentou para disputar o GP do Brasil de 2011, pela Williams, foi questionado se considerava aquela sua última corrida de Fórmula 1, afinal não tinha contrato para disputar a temporada seguinte. Rubinho respondeu “não” porque “trabalhava duro para se manter na Fórmula 1”. Não foi possível, a Williams optou por Bruno Senna, em 2012, e o piloto de maior longevidade na Fórmula 1, de 1993 a 2011, nada menos de 325 Gps de experiência, não teve sua despedida da Fórmula 1.
Pois sua história na competição pode não ter acabado: aos 41 anos, Rubinho tem chance de disputar o GP do Brasil, última etapa do calendário, dia 24 de novembro, possivelmente pela equipe Sauber. E aí, sim, teria a merecida despedida da Fórmula 1. É o que ele está tentando realizar.
Nos dias do GP de Cingapura, Rubinho conversou com o Estado. Ele é comentarista nas transmissões da Fórmula 1 na TV Globo. Ao saber que o repórter do Estado tinha uma entrevista agendada com Bernie Ecclestone, pediu que perguntasse ao promotor do campeonato o que achava de ele disputar o GP do Brasil.
Ontem o piloto não atendeu o celular, para falar do assunto. Apenas enviou uma mensagem ao repórter do Estado dizendo “quem sabe”. Há bons indícios de que Rubinho está preparando uma surpresa. E pode até ser que Ecclestone já saiba da história. Ao Estado, em Cingapura, quando questionado, conforme solicitação de Rubinho, o homem-forte da Fórmula 1 respondeu: “Good” ou “Bom”. Sem a definição do título, que possívelmente acontecerá antes, com Sebastian Vettel, da Red Bull, campeão, a presença de Barrichello no evento o ajudaria a promover bastante.
Não se sabe se tudo está acertado e até se a equipe é mesmo a Sauber. O que é certo é que Rubinho pode mesmo alinhar um carro no grid, em Interlagos, no encerramento da temporada. Seria o fim de uma carreira que começou no dia 14 de março de 1993, em Kyalami, na África do Sul, e se estendeu até o dia 27 de novembro de 2011, em Interlagos, para o que pode ter sido apenas o seu penúltimo GP e não o último.
Nos próximos dias ficará mais claro se o seu projeto vai dar certo. Ele parece dispor de patrocinadores, do apoio de Ecclestone e, principalmente, da TV Globo.
Nesse espaço de 19 anos na Fórmula 1 Rubinho foi duas vezes vice-campeão do mundo, em 2002 e 2004, pela Ferrari, venceu 11 corridas e largou 14 vezes na pole position.Mais: transformou-se no piloto brasileiro mais controverso que o Brasil já produziu. Amado por muitos, motivo de gozação para outros.
Um comentário:
pra que colocã-lo novamente no grid? para mais uma vergonhosa atuação?? se liga Rubinho, vai pescar e procurar outra profissão, esta, está mais que comprovado que foi frustrante!!
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