* Por Teo José
Felipe Massa encerra no dia 24 de novembro, sua trajetória na Ferrari. Ele mesmo fez o anúncio na tarde desta terça-feira. O melhor momento foi o vice-campeonato em 2008. A última vitória também em 2008, no GP do Brasil, local onde vai terminar este ciclo na Fórmula 1 e talvez até mesmo sua história na categoria.
Felipe perdeu o posto, um dos mais cobiçados na Fórmula 1, não por ser um piloto ruim. Tem talento e mostrou isto, principalmente nas três primeiras temporadas. Depois, com a chegada do Fernando Alonso, perdeu a confiança. Como vimos também com outros pilotos. O pior foi aceitar de forma passiva a condição de coadjuvante, segundo piloto. Neste momento começou sua queda.
Dar passagem a um companheiro, ainda tendo chances de titulo, sempre é complicado. Existem contratos, acordos firmados, mas abrir mão de vencer em um esporte individual pode significar abrir mão de uma própria carreira vencedora. Já vimos isto em outras oportunidades. Pode ganhar pontos com os dirigentes, equipe… Mas perde com a própria confiança, e machuca a verdadeira vontade de vencer. Aquela dos campeões.
Massa perdeu mais, perdeu espaço na Ferrari, pela sua própria cabeça. Um dia já teve espírito de piloto vencedor, mas nos últimos anos, assumiu, até internamente que seu papel era ser escudeiro e não vitorioso. Como também sempre observamos nestes casos, a equipe vê a necessidade de alguém mais ativo. Mesmo que seja para ser o segundo, mas necessita andar mais perto do primeiro. Só que a auto confiança já não é a mesma e isto influência na velocidade.
Aconteceu. Mais uma vez.
E agora Felipe? Sauber? Lotus? Não sei e temo pelo futuro. Na Fórmula 1 fica muito a imagem das últimas temporadas, do último ano, da última corrida. Claro que as pessoas sabem do valor do piloto, só que tem muita gente mais nova, querendo provar que pode ser vencedora. O que Felipe não foi. Teve a sorte de pegar Schumacher em fim de carreira – na verdade, ele terminou mesmo, quando deixou a Ferrari – poderia ter assumido o seu posto, mas aí chegaram Kimi e Alonso. Pronto, Massa mostrou que não era o número 1.
Terá sempre seu nome lembrado na Ferrari, mas não como piloto vencedor. O pior, as outras equipes sabem. Um novo lugar, um novo desafio, poderia até leva-lo para aquela cabeça de 2006, 2007 ou 2008, mas isto sempre é bem difícil. O passado da Fórmula 1 nos mostra.
Felipe errou também em não buscar uma saída antes de perder seu espaço. Agora tudo será bem mais complicado.
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