* Por Tatiana Cunha
Quantas vezes você já não ouviu a Ferrari dizer que vai deixar a F-1? Lembra da categoria paralela que as equipes iam criar? E a greve que os pilotos prometeram fazer quando aumentaram o valor da superlicença?
Pois então, a última ameaça da Red Bull é outra destas que mais fazem barulho do que têm efeitos práticos. E que não chegam a ser novidade num esporte onde a política é quase tão importante quanto o desempenho na pista.
Campeã nos últimos quatro anos, não à toa a Red Bull acabou ganhando peso na F-. E entrou para o pequeno grupo dos times grandes da categoria.
Como Mateschitz falou na entrevista ao jornal austríaco, o envolvimento de sua empresa com a F-1 não é puramente econômico, mas obviamente que é também. A marca dele virou sinônimo de sucesso com o bom desempenho numa das mais glamourosas categorias do esporte mundial e fez seu dinheiro se multiplicar. Segundo a Forbes, o austríaco tem fortuna estimada em R$ 21, 5 bilhões e é o 134º homem mais rico do mundo.
Só que a desclassificação de Ricciardo do GP da Austrália aliada à quebra do carro de Vettel deixaram a equipe de mãos abanando em Melbourne. Um susto e tanto para o time depois de tantos anos de domínio absoluto. E que já vinha de uma pré-temporada cheia de problemas e preocupações.
As ameaças são apenas parte do jogo político que permeia o esporte. Uma maneira de a equipe marcar sua posição e tentar provar sua inocência.
Mas daí a se tornarem realidade são outros 500. O envolvimento da marca com a F-1 hoje vai muito além da Red Bull. Mateschitz ainda mantém a Toro Rosso e neste ano conseguiu promover a volta do GP da Áustria ao calendário na pista que sua empresa comprou, reformou e, claro, colocou sua marca. Não vai ser por uma desclassificação que ele vai abrir mão de tudo isso.
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