quarta-feira, 26 de março de 2014
Quem vai derreter no calor da Malásia?*
* Por Julianne Cerasoli
Prefere primeiro a boa ou a má notícia para a competitividade do campeonato? Costumo começar pela má, então vamos lá. O ritmo demonstrado pela Mercedes no GP da Austrália dá indícios de ser mais forte do que Sebastian Vettel tinha na segunda parte do ano passado em relação aos rivais. É algo entre 1s2 e 1s3, mas foi encoberto por uma abordagem bastante cuidadosa da equipe no primeiro GP do ano – Nico só forçou nas primeiras voltas e após o Safety Car, assim como o outro alemão cansou de fazer nos últimos anos. Por outro lado, em um ano em que se começa do zero, há mais possibilidade de reação dos rivais. Principalmente, quando Ferrari e Renault explorarem suas unidades de potência ao máximo.
Na luta para se estabelecer como segunda força, o ritmo de Williams e McLaren foi comparável na Austrália, com vantagem para o time de Grove enquanto usava-se pneus macios e para Woking com os médios. Além disso, são dois dos carros que se mostraram mais confiáveis nos testes.
Porém, ambos têm seus problemas: a instabilidade da traseira, evidenciada na classificação com chuva para o lado da Williams, e o excesso de arrasto aerodinâmico, que freia o McLaren nas retas – e, quanto mais tempo um carro permanece na reta, acelerando, mais combustível é gasto, portanto esta é uma questão que ganha importância.
E a Red Bull? A recuperação do Bahrein para a Austrália foi impressionante, mas a Malásia vai apresentar uma prova ainda mais representativa porque, devido ao calor e à umidade, o arrefecimento dos carros será testado. E, para ‘sobreviver’, todas as brechas possíveis na carenagem são abertas, o que atrapalha a aerodinâmica, principal qualidade de um RB10 que ainda é lento nas retas porque a Renault não consegue despejar todos seus sistemas como a Mercedes faz, mas voa nas curvas.
Também será curioso observar o ritmo da Ferrari. O carro se mostrou lento em Melbourne, mas a equipe acusou falha no MGU-H, referente à recuperação de energia calorífica e que funciona o tempo todo (diferentemente do ERS-K). Portanto, afeta bastante o rendimento. Além disso, o freio eletrônico ainda não está bem acertado, especialmente para o gosto de Raikkonen. Na Austrália, dá para dizer que eles eram 2s mais lentos que a Mercedes. Algo parecido em um circuito completo, com curvas de todos os tipos, freadas fortes e grandes retas como na Malásia e o clima em Maranello vai esquentar.
As Mercedes serão fortes, mas vão aguentar o calor? E será que vai ter chuva para atrapalhar o final de semana da Williams? Façam suas apostas!
Prefere primeiro a boa ou a má notícia para a competitividade do campeonato? Costumo começar pela má, então vamos lá. O ritmo demonstrado pela Mercedes no GP da Austrália dá indícios de ser mais forte do que Sebastian Vettel tinha na segunda parte do ano passado em relação aos rivais. É algo entre 1s2 e 1s3, mas foi encoberto por uma abordagem bastante cuidadosa da equipe no primeiro GP do ano – Nico só forçou nas primeiras voltas e após o Safety Car, assim como o outro alemão cansou de fazer nos últimos anos. Por outro lado, em um ano em que se começa do zero, há mais possibilidade de reação dos rivais. Principalmente, quando Ferrari e Renault explorarem suas unidades de potência ao máximo.
Na luta para se estabelecer como segunda força, o ritmo de Williams e McLaren foi comparável na Austrália, com vantagem para o time de Grove enquanto usava-se pneus macios e para Woking com os médios. Além disso, são dois dos carros que se mostraram mais confiáveis nos testes.
Porém, ambos têm seus problemas: a instabilidade da traseira, evidenciada na classificação com chuva para o lado da Williams, e o excesso de arrasto aerodinâmico, que freia o McLaren nas retas – e, quanto mais tempo um carro permanece na reta, acelerando, mais combustível é gasto, portanto esta é uma questão que ganha importância.
E a Red Bull? A recuperação do Bahrein para a Austrália foi impressionante, mas a Malásia vai apresentar uma prova ainda mais representativa porque, devido ao calor e à umidade, o arrefecimento dos carros será testado. E, para ‘sobreviver’, todas as brechas possíveis na carenagem são abertas, o que atrapalha a aerodinâmica, principal qualidade de um RB10 que ainda é lento nas retas porque a Renault não consegue despejar todos seus sistemas como a Mercedes faz, mas voa nas curvas.
Também será curioso observar o ritmo da Ferrari. O carro se mostrou lento em Melbourne, mas a equipe acusou falha no MGU-H, referente à recuperação de energia calorífica e que funciona o tempo todo (diferentemente do ERS-K). Portanto, afeta bastante o rendimento. Além disso, o freio eletrônico ainda não está bem acertado, especialmente para o gosto de Raikkonen. Na Austrália, dá para dizer que eles eram 2s mais lentos que a Mercedes. Algo parecido em um circuito completo, com curvas de todos os tipos, freadas fortes e grandes retas como na Malásia e o clima em Maranello vai esquentar.
As Mercedes serão fortes, mas vão aguentar o calor? E será que vai ter chuva para atrapalhar o final de semana da Williams? Façam suas apostas!
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