* Por Lívio Oricchio
Os dias que antecederam o GP da Coreia foram agitados para os empresários dos pilotos e diretores das equipes. É o que se pode concluiu depois das declarações de vários desses profissionais nesta quinta-feira no circuito de Yeongam, ainda que a maioria não se identifique por razões estratégicas. Poderia interferir no andamento das negociações. Por exemplo: Rubens Barrichello sonha não apenas disputar o GP do Brasil, como o Estado publicou, mas também competir na Fórmula 1 em 2014.
A sócia e diretora da Sauber, Monisha Kaltenborn, confirmou conversar com o piloto de 41 anos, há dois sem correr na Fórmula 1. Sobre a etapa de Interlagos, disse ao Estado: “Nós já temos dois pilotos e estamos satisfeitos com eles.” Mas a respeito da próxima temporada, foi clara: “Nos temos o que ele (Rubens) quer, conhecemos sua experiência e sabemos que deseja voltar. Então vamos ver”.
No Brasil, o piloto mais experiente da Fórmula 1, com 325 Gps em 19 anos de atividade, evitou a reportagem do Estado para falar do seu projeto de retornar à Fórmula 1, apenas enviou uma mensagem dizendo “quem sabe”. Nesta quinta-feira, no paddock do autódromo se falou até mesmo que o investimento para Rubinho regressar ao Mundial não viria do Brasil.
E sobre a diretora da Sauber dizer “estar satisfeita” com seus pilotos, reduzindo as chances de Rubinho correr em Interlagos, não fez mais que o seu papel. Não poderia admitir, agora, a possibilidade de o ex-piloto da Jordan, Stewart, Ferrari, Honda, Brawn e Williams substituir Nico Hulkenberg, de saída da Sauber, ou Steban Gutierrez, diante de tantos atrasos no pagamento de seu patrocinador, a Telmex. Mas se o negócio com Rubinho avançar não é impossível vê-lo disputar o GP do Brasil.
Já Massa aguarda o desfecho das negociações de Pastor Maldonado. Não a renovação com a Williams, mas a rescisão do contrato para poder ir junto do seu patrocinador, a estatal de petróleo da Venezuela, PDVSA, para a Lotus, seu sonho.
Dentre os sérios problemas a serem resolvidos para o negócio dar certo está o fato de a Total, empresa de petróleo francesa, investir na Lotus, patrocinando Romain Grosjean. E a existência de duas companhias de petróleo no mesmo time contraria alguns dos princípios básicos da Fórmula 1.
Se Maldonado for para a Lotus, pouco provável mas não impossível, Massa, com o apoio de seus patrocinadores, ficaria numa condição muito boa para assinar com a escuderia que, dentre os que não andam bem este ano, mais deve crescer em 2014.
As chances de Massa na Lotus parecem ser reduzidas, mesmo com patrocinadores. Gerhard Lopez espera definir nas próximas duas semanas a história dos novos sócios, anunciada em junho, ainda. Ratificado o negócio, ou seja, confirmada a chegada de importante soma em dinheiro, o alemão Nico Hulkenberg tem a preferência de Eric Boullier, diretor da Lotus.
Se Maldonado ficar onde está, na Williams, e a Lotus obter a garantia do orçamento de 2014 com os novos sócios e escolher Hulkenberg, a alternativa para Massa é a Force India, com quem Nicolas Todt, seu empresário, mantém importantes conversas.
Dentre os brasileiros, além de Rubinho e Massa, corre por fora Felipe Nasr, brasiliense de 21 anos, terceiro colocado na GP2, para tentar uma vaga na Fórmula 1. Ao Estado, em Cingapura, afirmou: “Correr como titular está difícil para 2014, por isse nesse instante me vejo mais treinando às sextas-feiras de manhã, nos treinos livres, e depois nos testes privados”. Haverá oito dias de testes particulares na Fórmula 1 em 2014.
Seu empresário, Steve Robertson, o mesmo de Kimi Raikkonen, conversa com todas as equipes que ainda não definiram os seus pilotos para 2014 e não sejam Caterham e Marussia: Force India, Toro Rosso, Sauber e Williams.
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