terça-feira, 1 de novembro de 2011

O FUTURO DE RAZIA*

* Por Victor Martins

É bem difícil que Luiz Razia sente no carro que pertence a Jarno Trulli lá na Lotus, futura Caterham, durante o fim de semana inteiro do GP do Brasil. O máximo que o brasileiro deve conseguir é o primeiro treino livre da sexta-feira.

Por mais que a Lotus seja evidentemente melhor que as outras duas equipes do pelotão da miséria, HRT e Virgin, há ainda o temor de que uma hecatombe automobilística aconteça e o time de Tony Fernandes perca o décimo lugar no Mundial de Construtores.

Afinal, não se pode desperdiçar assim 23 milhões de dinheiros europeus, em tempos de crise e década quase perdida no continente mais velho.

Aí reside a grande razão por Karun Chandhok ter sido visto apenas nos boxes do time verde e amarelo em sua corrida natal na Índia. E com tal precedente, a Lotus não vai entregar o carro 21 a um piloto que é apenas verde para a F1.

Razia, vale dizer, até teria a grana necessária para correr. Tal como Chandhok. Assim, a única esperança do baiano de Barreiras seria torcer para que Heikki Kovalainen e o próprio Trulli consigam um resultado mais do que espetacular em Abu Dhabi. Mas em tempos de carros quase inquebráveis, a fé de Razia não vai mover os carros para a frente.

O outro foco de Razia é 2012, claro. Que não se apresenta tão claro assim. Porque os resultados tinham de vir, mesmo, neste ano na GP2. E não vieram. Luiz não conseguiu terminar entre os 10 primeiros na classificação geral de uma categoria que conhece há três anos. O próprio piloto do Drive Riot reconhece que a temporada não foi boa — o que é sempre ótimo.

Assim, o trabalho para buscar patrocínios se intensificou. E a GP2 já não aparece como opção para sua carreira —algo que possivelmente deixa a categoria de base da F1 sem representantes brasileiros para o ano que vem.

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