quarta-feira, 3 de agosto de 2011

COLUNA DO ROQUE: O QUE SERÁ DAS PEQUENAS?

Prestei muita atenção nestas últimas corridas disputadas na F-1, nem tanto pela turma da frente que agora parece haver alguma agitação e mais pilotos brigando por vitórias (será que a Mclaren descobriu o segredo da flexão das asas dianteiras da Red Bull?), mas sim pela situação das pequenas equipes: Lotus, Virgin, Hispania e Toro Rosso. Apesar da Williams dar sinais que vai permanecer neste bolo, não falarei dela neste momento.

A Toro Rosso, que tem um apoio da Red Bull, exibe poucos patrocínios no carro e, ao contrário do que se falava no início da temporada, tem um carro que é constante em corrida, já que nas classificações, sempre um dos pilotos é cortado no Q1. Estratégia para poupar pneus? Ou estilo de carro que se adapta melhor para "long runs"? Acho que o que falta ai são pilotos que busquem limites e levem o carro mais pra frente numa qualificação e consequentemente poderá obter melhores resultados na corrida.

A Lotus, das estreantes de 2010, é aquela que mais está engajada com a continuidade na categoria. Além de comprar uma briga legítima com a Renault pelo tradicional nome, tem dois pilotos que, apesar de não serem lá competitivos, sabem o que fazer com o carro. Nitidamente vem evoluindo dentro da pista a ponto de ameaçar (e até ultrapassar em alguns momentos) carros de equipes mais tradicionais. Vem evoluindo também na prospecção de patrocínios e parcerias técnicas, visando o seu desenvolvimento.


A Hispania é um verdadeira caça níqueis. Porém, com a mudança de comando (a terceira em 2 anos), parece que, enfim, o carro foi pra frente. Faltam patrocínios e pilotos decentes, mas começa a se colocar entre a equipe Virgin, o que pode gerar alguma atratividade. Do ponto de vista técnico, alguns de seus engenheiros e representantes tem experiência e gabarito. Mas até quando correrá correr sem patrocínio e sem dinheiro?

Já a Virgin é um caso a parte. Festejada em seu lançamento por suas idéias inovadoras (carros feitos só pelo computador), por ter pilotos com reconhecido talento (Di Grassi e, digamos o Glock) e por ter um "grande" apoio da multinacional que havia acreditado no potencial da Brawn GP um ano antes, esperava-se que em 5 anos os resultados seriam de briga pela pole. Porém, já no final do ano de estréia, o dinheiro falou mais alto. Em alguns treinos, saia o piloto talentoso mais sem dinheiro e entrava o piloto com dinheiro mas sem talento. A situação se concretizou para a temporada 2011, com o piloto com dinheiro assumindo o lugar do piloto talentoso. E o que aconteceu? Hoje, podemos dizer, que a Virgin é a pior equipe da F-1. Desorganizada, com o carro cada vez mais sem patrocínio (nem a Marússia aparece muito mais), começou a tentar usar um túnel de vento e, no fim, as coisas só pioram, a ponto de seu piloto rodar dentro dos boxes. Será apenas coincidência?

Explanações feitas, a conclusão que eu chego é que das 4, a Virgin é a equipe que em um curto espaço de tempo (no máximo até 2013) é a equipe que mais corre o risco de deixar de existir. E toda aquela pompa que foi a circunstância do seu lançamento será apenas um capítulo divertido das equipes que fracassaram na F-1.

Um comentário:

Igor * @fizomeu disse...

vejo a F1 dividida em 3 subcategorias hj.. a das equipes "antigas", outra onde só correm os carros da lotus malaia e uma terceira aonde virgin e hispania se esforçam muito para provar que uma é pior do que a outra!!!