Jean Todt não vê necessidade de mudanças profundas em Interlagos depois do acidente que vitimou Gustavo Sondermann, da Copa Montana, no início de abril deste ano. O presidente da FIA ainda garantiu que todas as investigações sobre o acidente foram feitas e que todas as medidas para assegurar a segurança da pista e dos carros serão tomadas. O francês concedeu entrevista coletiva nesta terça-feira (16) no Hospital São Luiz, em São Paulo, onde visitou as instalações. A unidade é responsável pelo atendimento médico do GP do Brasil de F1, informa o site GRANDE PRÊMIO.
"Quando estamos na estrada, temos de ser muito precisos, muito cautelosos. Soubemos do acidente em Interlagos com uma outra categoria de carros. Foram feitas investigações detalhadas para sabermos o que podemos melhorar não em relação ao circuito, mas, sim, nos carros. E como toda a certeza todas as medidas serão tomadas para evitar esse tipo de acidente ocorra novamente", disse o dirigente.
O ex-chefe da equipe Ferrari também afirmou que a segurança da F1 atualmente é muito maior, especialmente depois da morte de Ayrton Senna em 1994, e que vários componentes usados e testados nos carros da categoria máxima são também levados para os carros de rua, como meio de melhorar a segurança nas ruas também.
"Temos observado melhorias enormes. Depois da morte de Senna em 1994, não houve mais acidentes fatais na F1. São 17 anos sem mortes. Correr é uma atividade perigosa e não estou dizendo o contrário, mas podemos melhorar essa situação com as atitudes que estamos tomando cada ano. E essas as evoluções tecnológicas também podem ser aplicadas aos carros de rua e é isso que a FIA, como órgão regulador, também faz", explicou.
Todt também é representante de uma campanha de segurança no trânsito instituída pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 150 países. “Há uma enorme diferença entre os países desenvolvidos e os em países em desenvolvimento. E fiquei preocupado quando vi esses números. Vimos que me países como a França, Estados Unidos, Canadá e Alemanha os acidentes graves e fatais diminuíram pela metade. E os países em desenvolvimento, como o Brasil e o México, os acidentes dobraram. E essa é a razão pela qual queremos que os governos destes países invistam em ações urgentes”, encerrou.
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