* Por Fábio Seixas
O quarto título já foi há tempos para o bolso macacão, o Mundial de Construtores também está decidido, não havia muito em jogo em Austin.
O que fazer, então?
Buscar mais um recorde.
Foi o que Vettel fez.
O alemão venceu com autoridade o GP dos EUA, 18ª e penúltima etapa da temporada. Foi sua 12ª vitória no ano, a oitava consecutiva. Daí o recorde.
Nunca, em 64 anos de história do Mundial de F-1, um piloto havia exercido tamanho domínio. Nunca ninguém havia vencido tantas provas em série.
É uma marca que merece respeito.
Vettel cada vez mais merece respeito.
Que piloto.
Na largada, ele controlou os ataques de Grosjean e de Webber e se manteve na ponta.
O francês pulou para segundo, com Hamilton em terceiro. Webber caiu para quarto.
Mais atrás, confusão. Sutil, que saiu em 16º, se estranhou com Maldonado, 17º. Pior para o alemão, que deu uma bela panca no muro. Safety car.
O top 10 na primeira volta, Vettel, Grosjean, Hamilton, Webber, Hulkenberg, Pérez, Alonso, Bottas, Di Resta e Ricciardo.
O safety car só saiu na quinta volta. De novo, sem problemas para Vettel, que controlou bem o pelotão e disparou na frente quando viu o subidão da primeira curva.
Duas voltas depois, o tetracampeão já tinha 2s9 sobre Grosjean. Começou o passeio.
Lá no fundo, Maldonado levou bandeira preta e laranja e teve de passar nos boxes para trocar o bico, afetado no choque da largada. Aproveitou e colocou pneus duros.
Coube a Webber, quem diria, a melhor manobra do começo da prova. Na 13ª volta, ele abriu a asa, mergulhou e ultrapassou Hamilton na curva 12. Aplausos.
Button tentou coisa parecida para cima de Massa, mas não conseguiu. A briga valia a 13ª posição. Eles já tiveram domingos mais gloriosos...
Na 20ª volta, a folga de Vettel para Grosjean já era de 7s8.
Completando o top 10, Webber, Hamilton, Hulkenberg, Pérez, Alonso, Bottas, Di Resta e Rosberg.
Na 21ª, Button entrou nos boxes e colocou pneus duros. Massa fez o mesmo na volta seguinte, e conseguiu se manter à frente.
Pérez, Di Resta, Ricciardo e Rosberg pararam na 23ª. Bottas, na 24ª. Hamilton, na 26ª. Alonso, na 27ª, ganhando a posição do mexicano da McLaren.
Vettel, Hulkenberg e Webber entraram na 28ª.
Na 29ª, Alonso passou Gutierrez e assumiu o sexto lugar.
Grosjean sentiu o gostinho de liderar por uma volta, mas não teve jeito: foi para os boxes e retornou à pista em segundo.
Janela de pits fechada, o top 10 tinha Vettel, Grosjean, Webber, Hamilton, Hulkenberg, Alonso, Pérez, Gutierrez, Bottas e Rosberg.
Webber, então, começou a pressionar. Na 32ª volta, a diferença entre os dois era de 1s1. Na 34ª, 0s9. Na 35ª, Grosjean reagiu: 2s. Na 36ª, já tinha 3s. Respirou.
Na 39ª, Massa fez seu segundo pit, uma mudança de estratégia para tentar salvar de alguma forma um final de semana desastroso. Não funcionou muito, continuou lá atrás.
E sejamos franco: o trecho final da prova foi monótono, com exceção de três lances.
Primeiro, a ultrapassagem de Alonso sobre Hulkenberg, na abertura da 45ª volta.
Depois, a reaproximação de Webber em relação a Grosjean. A perseguição foi até a bandeirada, mas sem sucesso para o australiano.
Por fim, o duelo entre Alonso e Hulkenberg, vencido pelo espanhol.
Vettel cruzou a linha de chegada com 6s2 de vantagem para o francês, que colocou 0s4 no australiano.
Hamilton foi o quarto. Alonso ficou em quinto e assegurou o vice-campeonato de 2013, um prêmio de consolação.
Completando o top 10, Hulkenberg, Pérez, Bottas, Rosberg e Button. Massa ficou em 13º.
Agora é empacotar tudo e viajar para Interlagos.
Com uma certeza: Vettel vai querer ampliar ainda mais seu recorde. E buscar outros e outros e outros.
Assim são os grandes.
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