* Por Fábio Seixas
Faltando duas corridas para deixar a Ferrari, Massa pela primeira vez falou grosso contra a equipe. Acha que foi vítima da estratégia, que o chamou para os boxes a 17 voltas da bandeirada para colocar pneus médios. Alonso, que até então vinha na mesma toada, só parou 6 voltas depois e colocou os compostos macios. Resultado: Massa perdeu posições para o espanhol, Di Resta e Hamilton, e só terminou em oitavo. “Sacanearam mesmo?”, me perguntam no Twitter. Difícil dizer. Naquele momento da corrida, pareceu claro para mim que a estratégia de apenas uma parada não era das mais eficientes. Mais: Alonso saiu dos boxes muito junto de Massa _quase deu em acidente. Não tivesse perdido aqueles milésimos de segundo na troca da roda dianteira esquerda, o brasileiro poderia ter mantido a posição. Em outras palavras: se quisesse mesmo “sacanear” seu segundo piloto, a Ferrari teria feito melhor. Know-how para isso não falta em Maranello;
Falando em Massa, tem fato novo no mercado. Em crise financeira, a Lotus conseguiu enfim fechar com um novo investidor, uma tal Quantum Motorsports. Ocorre que esta empresa quer Hulkenberg no time. Acha que o alemão é a melhor opção do mercado _e é mesmo. Parece-me improvável que a Lotus desobedeça a dona do dinheiro. De duas, uma: Grosjean ou Maldonado dançam. Acho que vai ser o francês. Foi só elogiar...;
E Alonso? Não recebeu punição nenhuma por ter ido quase até o Catar na saída do seu segundo pit stop. Os comissários da FIA entenderam que Vergne não deixou espaço na pista e que a manobra foi necessária para evitar uma batida. Uma velha piada no paddock diz que FIA é sigla para “Ferrari International Assistance”. Certas piadas não envelhecem;
Mais sobre o episódio: a Ferrari de Alonso acertou a zebra com tanta força que acionou um dispositivo que avisa quando o piloto precisa passar pelo centro médico após a prova. O espanhol seguiu a dica e foi liberado sem grandes problemas;
Vettel não levou multa pelos zerinhos de ontem. Ufa;
Se vencer nos EUA e no Brasil, o alemão iguala Schumacher como o piloto com mais vitórias numa temporada: 13. Em termos de porcentagem, porém, não vai conseguir superar Ascari, que em 1952 conseguiu 6 vitórias em 8 corridas, aproveitamento de 75%;
Segundo Ecclestone, é “improvável” que México e Nova Jersey estejam na versão final do calendário de 2014, a ser divulgado em dezembro. Se ele falou, está falado. O Mundial terá, portanto, 20 etapas, com a volta da Áustria e a estreia da Rússia;
Na GP3, Kvyat venceu a prova de sábado, assumiu a liderança do campeonato pela primeira vez e garantiu o título. Em 2014, se tornará o quarto piloto a passar pela GP3 e chegar à F-1. Uma ótima estatística para uma categoria relativamente nova, com apenas quatro temporadas de vida;
A ironia é que, provavelmente, a GP2 não deverá levar pilotos à F-1 em 2014. Leimer, o campeão, disputou o campeonato pela quarta vez. Ok, um ou outro pode virar piloto de testes no ano que vem. Nasr, inclusive. Mas vocês sabem tão bem quanto eu que o que isso significa. Quase nada.
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