É uma parceria boa para os dois lados. A Williams se livra do errático Pastor Maldonado. sim, o autor da única vitória do time em uma porção do anos num final de semana iluminado, mas que se destacou muito mais por atitudes discutíveis na pista e fora delas. Uma dupla de pilotos que junta a experiência e a velocidade de Felipe Massa com o potencial e a velocidade de Valtteri Bottas é uma ótima combinação para o time iniciar esta nova era técnica da Fórmula 1.
Para o brasileiro, é a chance de voltar a liderar uma equipe e de iniciar um novo capítulo na carreira. Massa nunca correu numa equipe inglesa nem nas categorias de base e chega na Williams com o papel de ser o ponto de ligação entre a pilotagem e a performance do carro da equipe. É ele quem será o responsável por dar as informações para o trabalho dos engenheiros liderados por Pat Symonds - ironicamente, um dos mentores do “Crashgate” do GP de Cingapura de 2008, um golpe baixíssimo que tanto minou as chances do brasileiro na disputa pelo título daquele ano.
Pelo que vimos nas últimas corridas, o brasileiro parece mais “leve” depois de definida sua saída da Ferrari. Nós que convivemos com ele nas entrevistas diárias das corridas pudemos acompanhar de perto como a pressão de conviver no ambiente com Fernando Alonso pesou sobre seus ombros, sem falar na falta de respostas para entender a superioridade do companheiro na pista.
Quem sabe, sendo o centro das atenções, Massa viva agora uma segunda primavera na Fórmula 1. Valtteri Bottas é um piloto forte o suficiente para desafiá-lo nas pistas e afável o bastante para que o clima dentro dos boxes seja extremamente positivo. Isto vai fazer bem ao brasileiro.
A incógnita da equação é o carro da Williams. O deste ano nasceu com um problema cuja solução só foram encontrar nas últimas semanas, fruto de um trabalho consequente do recém-contratado Symonds. Apesar da mancha do lamentável “Crashgate”, o engenheiro inglês é um cara com inteligência e experiência de sobra para comandar uma boa equipe técnica, colocando as pessoas certas nos lugares certos e motivando a trupe. E há a expectativa da vinda de Ross Brawn, que já trabalhara com Symonds na época da Benneton de Michael Schumacher.
O time também fará a mudança para os motores Mercedes no ano que vem, que é a unidade sobre a qual se colocam as maiores expectativas para esta fase inicial dos V6. Neste momento, não imagino a Williams voltando a brigar por vitórias, mas certamente a vejo tendo uma temporada substancialmente melhor do que a horrível que fizeram neste ano. Com Symonds, Massa e Bottas, a equipe de Grove coloca boas peças no tabuleiro da Fórmula 1.
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