quinta-feira, 28 de novembro de 2013
O termômetro do mercado*
* Por Luis Fernando Ramos
O clima de fim de temporada no final de semana em Interlagos não estava apenas nas homenagens feitas a Mark Webber e nos afagos mútuos e sinceros entre Felipe Massa e a Ferrari. Nos bastidores do autódromo, muitas negociações para o ano que vem ganharam ritmo acelerado. Abaixo vai um resumo do que eu consegui apurar.
Nico Hülkenberg assinou com a Force Índia depois da corrida. Negociava também com a Sauber, mas o time suíço demoraria para lhe dar as garantias financeiras que ele queria e o alemão resolveu ir no cenário um pouco mais seguro do time de Silverstone. Seu companheiro de equipe deve ser mesmo o mexicano Sergio Perez, as conversas entre as duas partes estavam bem encaminhadas.
Pastor Maldonado passou o final de semana inteiro fazendo a dança do acasalamento com a Sauber. Levou representantes da PDVSA para falar com a equipe e convencê-los que esta seria sua melhor opção. Não conseguiu. Os dirigentes da petrolífera preferiram a Lotus que, inicialmente, Maldonado tanto mirou. Vão querer efetivar a carta de intenções já acertada há algum tempo.
O anúncio só não saiu ainda porque ninguém sabe ainda qual é a real situação do time de Enstone. Nem mesmo seus próprios donos. Apurei que o dinheiro da Quantum não está parado por questões de burocracia bancária, mas porque o polêmico Mansoor Ijaaz quer agora comprar o time todo, não apenas uma porcentagem - e Gerard Lopez não quer vender. Ecclestone teve desentendimentos com o investidor de Luxemburgo no passado e adoraria ver Lopez fora da F-1. Enquanto isso não se resolver, nenhum contrato será fechado.
Curioso como essa incerteza da Lotus tornou o time uma opção tão pouco atrativa a ponto de Hülkenberg e Maldonado sonharem com outras fábricas. Quando deixei o autódromo do domingo, os mecânicos que terminavam a desmontagem estavam em círculo nos boxes, com latinhas de cerveja, enquanto o mecânico-chefe fazia um discurso. Parecia ser uma fala de encerramento da temporada, mas lembrou muito a despedida dos músicos do Titanic antes de tocarem a última música com o barco afundando. A informação que eu tinha é que se os pagamentos atrasados de funcionários de Enstone não chegassem até a segunda pós-GP, quem quisesse estaria livre para assinar com qualquer outra equipe do grid, com o respaldo das leis trabalhistas britânicas.
Na Sauber, Adrian Sutil está com conversas adiantadas e pode fechar em breve com o time suíço. Que ainda deve aguardar o que vai acontecer com Maldonado. Se ele fechar com a Lotus, aí a outra vaga parece restrita a uma disputa entre Esteban Gutierrez e Felipe Nasr. O russo Sergey Sirotkin ficaria no máximo como terceiro piloto, se o dinheiro prometido entrar. Nasr, se não virar titular na Sauber, tem chances de ser o terceiro piloto lá ou, mais provavelmente, na Williams.
Dentre os engenheiros, o brasileiro Ricardo Penteado, que era o chefe dos motores Renault para a Lotus, já debandou de lá e vai trabalhar no ano que vem na Toro Rosso. O engenheiro de Felipe Massa na Ferrari, Rob Smedley, também será oficializado na Williams, mas numa função diferente: a de engenheiro-chefe, supervisionando o trabalho nos dois carros da equipe. O espanhol Xevi Pujolar, que fazia esta função, irá para outra equipe que eu ainda não consegui descobrir qual é. Ross Brawn deve mesmo sair da Mercedes, mas relatos conflitantes davam conta que ele iria para a Williams, voltaria para a Ferrari ou trabalharia com a Honda a partir de 2015.
O clima de fim de temporada no final de semana em Interlagos não estava apenas nas homenagens feitas a Mark Webber e nos afagos mútuos e sinceros entre Felipe Massa e a Ferrari. Nos bastidores do autódromo, muitas negociações para o ano que vem ganharam ritmo acelerado. Abaixo vai um resumo do que eu consegui apurar.
Nico Hülkenberg assinou com a Force Índia depois da corrida. Negociava também com a Sauber, mas o time suíço demoraria para lhe dar as garantias financeiras que ele queria e o alemão resolveu ir no cenário um pouco mais seguro do time de Silverstone. Seu companheiro de equipe deve ser mesmo o mexicano Sergio Perez, as conversas entre as duas partes estavam bem encaminhadas.
Pastor Maldonado passou o final de semana inteiro fazendo a dança do acasalamento com a Sauber. Levou representantes da PDVSA para falar com a equipe e convencê-los que esta seria sua melhor opção. Não conseguiu. Os dirigentes da petrolífera preferiram a Lotus que, inicialmente, Maldonado tanto mirou. Vão querer efetivar a carta de intenções já acertada há algum tempo.
O anúncio só não saiu ainda porque ninguém sabe ainda qual é a real situação do time de Enstone. Nem mesmo seus próprios donos. Apurei que o dinheiro da Quantum não está parado por questões de burocracia bancária, mas porque o polêmico Mansoor Ijaaz quer agora comprar o time todo, não apenas uma porcentagem - e Gerard Lopez não quer vender. Ecclestone teve desentendimentos com o investidor de Luxemburgo no passado e adoraria ver Lopez fora da F-1. Enquanto isso não se resolver, nenhum contrato será fechado.
Curioso como essa incerteza da Lotus tornou o time uma opção tão pouco atrativa a ponto de Hülkenberg e Maldonado sonharem com outras fábricas. Quando deixei o autódromo do domingo, os mecânicos que terminavam a desmontagem estavam em círculo nos boxes, com latinhas de cerveja, enquanto o mecânico-chefe fazia um discurso. Parecia ser uma fala de encerramento da temporada, mas lembrou muito a despedida dos músicos do Titanic antes de tocarem a última música com o barco afundando. A informação que eu tinha é que se os pagamentos atrasados de funcionários de Enstone não chegassem até a segunda pós-GP, quem quisesse estaria livre para assinar com qualquer outra equipe do grid, com o respaldo das leis trabalhistas britânicas.
Na Sauber, Adrian Sutil está com conversas adiantadas e pode fechar em breve com o time suíço. Que ainda deve aguardar o que vai acontecer com Maldonado. Se ele fechar com a Lotus, aí a outra vaga parece restrita a uma disputa entre Esteban Gutierrez e Felipe Nasr. O russo Sergey Sirotkin ficaria no máximo como terceiro piloto, se o dinheiro prometido entrar. Nasr, se não virar titular na Sauber, tem chances de ser o terceiro piloto lá ou, mais provavelmente, na Williams.
Dentre os engenheiros, o brasileiro Ricardo Penteado, que era o chefe dos motores Renault para a Lotus, já debandou de lá e vai trabalhar no ano que vem na Toro Rosso. O engenheiro de Felipe Massa na Ferrari, Rob Smedley, também será oficializado na Williams, mas numa função diferente: a de engenheiro-chefe, supervisionando o trabalho nos dois carros da equipe. O espanhol Xevi Pujolar, que fazia esta função, irá para outra equipe que eu ainda não consegui descobrir qual é. Ross Brawn deve mesmo sair da Mercedes, mas relatos conflitantes davam conta que ele iria para a Williams, voltaria para a Ferrari ou trabalharia com a Honda a partir de 2015.
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