sexta-feira, 22 de março de 2013
Alonso, 200 GPs de brilhantismo e contestação*
* Por Lívio Oricchio
O piloto mais completo em atividade na Fórmula 1, duas vezes campeão do mundo, Fernando Alonso, da Ferrari, está disputando no circuito de Sepang, na Malásia, sua 200.ª corrida na competição. Na próxima madrugada, a partir das 5 horas, horário de Brasília, 16 horas em Kuala Lumpur, esse asturiano de Oviedo, 31 anos, vai lutar pela pole position.
É o que se pode depreender das suas declarações nos últimos dias: “Não vejo razão para não sermos competitivos aqui. Penso até que a Ferrari deverá brigar pela vitória mais de perto”, afirmou referindo-se ao GP da Austrália, realizado domingo, quando ficou em segundo, 12 segundos atrás do vencedor, Kimi Raikkonen, da Lotus.
Não é sempre que um piloto de Fórmula 1 celebra a impressionante marca de participar de 200 provas. Apenas 11 em 63 anos de história do Mundial conseguiram. O primeiro da lista é Rubens Barrichello, com 325 Gps, seguido por Michael Schumacher, 308. “É uma grande alegria e me sinto orgulhoso dessa marca, nunca sonhei chegar a Fórmula 1 e atingir 200 Gps. Espero passar Michael Schumacher em pontos, vitórias, poles”, disse o espanhol.
Por mais competência que tenha, será difícil superar o alemão sete vezes campeão do mundo até o fim do contrato com a Ferrari, no término da temporada de 2016. Schumacher tem sete títulos, 91 vitórias diante de 30 de Alonso e 68 poles contra 22. O critério de pontos mudou, por isso a comparação não faz sentido. “Ao me retirar, vou olhar os números que consegui e me sentir orgulhoso.”
A inspiração para Alonso tornar-se piloto de Fórmula 1 vem do ídolo na infância, Ayrton Senna. “Quando eu tinha 6 ou 7 anos, a imagem que tinha da Fórmula 1 era das lutas entre Senna e Prost. Senna ganhava um pouco mais”, lembra o espanhol. Ontem Senna faria 53 anos de idade e solicitaram a Alonso comentar o fato: “Senna era o piloto que me fazia sonhar com a Fórmula 1 quando pequeno, quem eu seguia mais de perto”.
Assim como acontece com Schumacher, a maioria dos profissionais da Fórmula 1 ao comentar sobre Alonso sempre faz uma ressalva. Com relação ao alemão, com todo seu brilhantismo, muitos dizem que praticava os fins justificam os meios. Por isso jogou Damon Hill para fora da pista para ficar com o seu primeiro título, em 1994, na Austrália, e tentou fazer o mesmo com Jacques Villeneuve, em 1997, para quebrar a série de 17 anos sem a Ferrari vencer o Mundial, em Jerez de la Frontera, na Espanha.
Alonso tem fama de precisar de a equipe gravitar ao seu redor para produzir o que é capaz. E é muito. Tricampeões do mundo como Jackie Stewart, Niki Lauda e Nelson Piquet não hesitam em colocar Alonso dentre os maiores da história. “Mas desde que ele seja o centro das atenções e seu companheiro de equipe não o desafie”, afirma Stewart. No ano passado, uma eleição entre pilotos, técnicos e dirigentes da Fórmula 1 o elegeu como “o melhor piloto de 2012”, mesmo sem ter sido campeão. “Ninguém hoje seria capaz de levar um carro como o que a Ferrari começou o ano a quase vencer o Mundial a não ser Alonso”, afirma Lauda.
Ontem, no circuito de Sepang, uma resposta a uma pergunta despretensiosa revelou melhor esse outro lado de Alonso, o de sentir-se superior à concorrência. O jornalista espanhol lhe questiona quais os adversários que mais apreciou nas 11 temporadas que disputou: “Os que dispunham do melhor carro”. Schumacher e Kimi Raikkonen, pela Ferrari, Lewis Hamilton, McLaren, e Sebastian Vettel, Red Bull, são pilotos que o venceram na luta pelo campeonato. E, segundo Alonso, o fizeram apenas por causa do equipamento mais eficiente.
Pois em Sepang na definição do grid, logo mais na madrugada, ou ao longo da corrida, amanhã, às 5 horas de Brasília, 16 horas em Kuala Lumpur, esse piloto excepcional enfrentará, quer queira ou não, adversários bem preparados e capazes de estabelecer a pole position ou ganhar a corrida. Raikkonen, na ascendente Lotus e o tricampeão do mundo, Sebastian Vettel, da Red Bull, são alguns exemplos.
O piloto mais completo em atividade na Fórmula 1, duas vezes campeão do mundo, Fernando Alonso, da Ferrari, está disputando no circuito de Sepang, na Malásia, sua 200.ª corrida na competição. Na próxima madrugada, a partir das 5 horas, horário de Brasília, 16 horas em Kuala Lumpur, esse asturiano de Oviedo, 31 anos, vai lutar pela pole position.
É o que se pode depreender das suas declarações nos últimos dias: “Não vejo razão para não sermos competitivos aqui. Penso até que a Ferrari deverá brigar pela vitória mais de perto”, afirmou referindo-se ao GP da Austrália, realizado domingo, quando ficou em segundo, 12 segundos atrás do vencedor, Kimi Raikkonen, da Lotus.
Não é sempre que um piloto de Fórmula 1 celebra a impressionante marca de participar de 200 provas. Apenas 11 em 63 anos de história do Mundial conseguiram. O primeiro da lista é Rubens Barrichello, com 325 Gps, seguido por Michael Schumacher, 308. “É uma grande alegria e me sinto orgulhoso dessa marca, nunca sonhei chegar a Fórmula 1 e atingir 200 Gps. Espero passar Michael Schumacher em pontos, vitórias, poles”, disse o espanhol.
Por mais competência que tenha, será difícil superar o alemão sete vezes campeão do mundo até o fim do contrato com a Ferrari, no término da temporada de 2016. Schumacher tem sete títulos, 91 vitórias diante de 30 de Alonso e 68 poles contra 22. O critério de pontos mudou, por isso a comparação não faz sentido. “Ao me retirar, vou olhar os números que consegui e me sentir orgulhoso.”
A inspiração para Alonso tornar-se piloto de Fórmula 1 vem do ídolo na infância, Ayrton Senna. “Quando eu tinha 6 ou 7 anos, a imagem que tinha da Fórmula 1 era das lutas entre Senna e Prost. Senna ganhava um pouco mais”, lembra o espanhol. Ontem Senna faria 53 anos de idade e solicitaram a Alonso comentar o fato: “Senna era o piloto que me fazia sonhar com a Fórmula 1 quando pequeno, quem eu seguia mais de perto”.
Assim como acontece com Schumacher, a maioria dos profissionais da Fórmula 1 ao comentar sobre Alonso sempre faz uma ressalva. Com relação ao alemão, com todo seu brilhantismo, muitos dizem que praticava os fins justificam os meios. Por isso jogou Damon Hill para fora da pista para ficar com o seu primeiro título, em 1994, na Austrália, e tentou fazer o mesmo com Jacques Villeneuve, em 1997, para quebrar a série de 17 anos sem a Ferrari vencer o Mundial, em Jerez de la Frontera, na Espanha.
Alonso tem fama de precisar de a equipe gravitar ao seu redor para produzir o que é capaz. E é muito. Tricampeões do mundo como Jackie Stewart, Niki Lauda e Nelson Piquet não hesitam em colocar Alonso dentre os maiores da história. “Mas desde que ele seja o centro das atenções e seu companheiro de equipe não o desafie”, afirma Stewart. No ano passado, uma eleição entre pilotos, técnicos e dirigentes da Fórmula 1 o elegeu como “o melhor piloto de 2012”, mesmo sem ter sido campeão. “Ninguém hoje seria capaz de levar um carro como o que a Ferrari começou o ano a quase vencer o Mundial a não ser Alonso”, afirma Lauda.
Ontem, no circuito de Sepang, uma resposta a uma pergunta despretensiosa revelou melhor esse outro lado de Alonso, o de sentir-se superior à concorrência. O jornalista espanhol lhe questiona quais os adversários que mais apreciou nas 11 temporadas que disputou: “Os que dispunham do melhor carro”. Schumacher e Kimi Raikkonen, pela Ferrari, Lewis Hamilton, McLaren, e Sebastian Vettel, Red Bull, são pilotos que o venceram na luta pelo campeonato. E, segundo Alonso, o fizeram apenas por causa do equipamento mais eficiente.
Pois em Sepang na definição do grid, logo mais na madrugada, ou ao longo da corrida, amanhã, às 5 horas de Brasília, 16 horas em Kuala Lumpur, esse piloto excepcional enfrentará, quer queira ou não, adversários bem preparados e capazes de estabelecer a pole position ou ganhar a corrida. Raikkonen, na ascendente Lotus e o tricampeão do mundo, Sebastian Vettel, da Red Bull, são alguns exemplos.
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