* Por Ivan Capelli
Pouca gente – para não dizer ninguém – imaginava um começo de campeonato tão bom para a Williams em 2012. O time britânico acertou a mão no carro, os motores Renault deram um belo upgrade no desempenho e seus pilotos estão respondendo muito bem.
Com 18 pontos no Mundial de Construtores (mais que o triplo de tudo o que somou em todo o ano de 2011), a Williams já está em sétimo na classificação, mas só não é a quinta ao lado da Mercedes por causa do acidente de Pastor Maldonado na última volta do GP da Austrália. Tivesse conduzido o carro “para casa” com tranquilidade, os oito pontos estariam garantidos.
Porém, a pancada do Pastor no muro não depõe contra seu campeonato. O venezuelano tem feito corridas com inteligência, é rápido nas classificações e tem se mostrado muito combativo durante as provas. Briga, ultrapassa, defende posição, é praticamente um showman. Pontuou apenas na China, mas faria um ponto na Malásia não tivesse tido um problema de motor a poucas voltas do fim. É um dos protagonistas do campeonato.
Assim como Bruno Senna. Olhado com desconfiança por causa do sobrenome e por duas oportunidades não aproveitadas na Fórmula 1, o brasileiro é outro que vem se saindo melhor que a encomenda. Apesar da corrida ruim na Austrália, foi brilhante em Sepang e fez bonito também em Xangai. Nas últimas duas provas, andou sempre à frente do companheiro de equipe, um piloto mais experiente e que batia Rubens Barrichello com regularidade no ano passado. Precisa melhorar seu posicionamento nas largadas, já que tocou ou foi tocado em todas as três corridas até aqui. Na China, teve a sorte de não ter tido o carro danificado, depois de encostar sua asa dianteira no pneu traseiro esquerdo da Ferrari de Felipe Massa. Porém, apesar dessa ressalva, faz um campeonato brilhante até aqui. Quem especulava no começo do ano que a Williams tinha a pior dupla de pilotos do campeonato deve estar com a língua bem dolorida hoje.
Frank Williams completou 70 anos anteontem e tem como presente o renascimento de sua equipe. Menor do que já foi um dia, mas muito maior do que era em 2011. O resgate da Williams é importante para a história da Fórmula 1 e um pódio nesta temporada seria o presente perfeito. Vitória só em alguma situação absurda, mas um pódio e uma classificação final entre as seis melhores equipes é um objetivo bastante factível, mesmo com pouco dinheiro para desenvolver o carro. E eu acho que vai acontecer.
Um comentário:
até aqui, o desempenho da williams é mesmo a maior surpresa do ano!!!
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