quinta-feira, 18 de julho de 2013
Pilotos unidos jamais serão vencidos?*
* Por Luis Fernando Ramos
“Se um pedaço da carcaça me atingisse, pela velocidade que eu estava, entraria pela frente e sairia por trás do capacete”. Fernando Alonso disse esta frase na sua entrevista de quinta-feira em Nürburgring de maneira tranquila, sem dramas, ao relatar a sorte que havia tido em Silverstone quando desviou da McLaren de Sergio Perez no momento em que o pneu traseiro esquerdo do carro explodiu. A preocupação procedia. Por mais que a Fórmula 1 seja segura, vimos casos recentes nela e em outras categoria que o grande risco ainda é o de objetos atingirem a cabeça dos pilotos.
Ainda assim, foi com um misto de surpresa e admiração que o paddock da categoria recebeu o documento da GPDA, a associação dos pilotos, afirmando que boicotariam o evento caso o problema voltasse a suceder. Há anos que os pilotos evitam ao máximo emitir opiniões em temas mais políticos da F-1. Era um sinal claro de que havia uma preocupação genuína deles com a segurança.
Pelo bem do esporte, melhor que a final de semana na Alemanha tenha corrido sem nenhum problema. Mas seria curioso ver o que aconteceria se houvesse. Ainda na quinta-feira, Kimi Raikkonen, que não é membro da GPDA assim como Valtteri Bottas e Adrian Sutil, afirmou que pilotaria de qualquer jeito, mesmo se os outros fizessem um boicote. É típico do finlandês, um ex-mecânico da McLaren contou no twitter que, no episódio de Indianápolis em 2005, ninguém no time tinha certeza se ele recolheria o carro aos boxes como ordenado ao final da volta de apresentação.
Bernie Ecclestone também comentou que tiraria a super-licença de eventuais “grevistas”. Sei também que chefes de equipe correram para o celular assim que saiu a nota da GPDA para cobrar seus pilotos. Como o final de semana na pista ocorreu normalmente, o assunto parou nisso.
Por mais que eu fique bastante feliz com este sinal de vida dado pela GPDA, não acredito que um possível boicote teria funcionado. No famoso episódio da greve de pilotos na África do Sul em 1982, a coisa só funcionou pela força e carisma de seus líderes na hora de enfrentar os poderosos do esporte, especialmente de Niki Lauda. Algo que falta nos eventuais líderes de hoje. Afinal, Vettel, Webber, Alonso, todos relativizaram o assunto ao falar com a imprensa no dia seguinte. Uma pena.
“Se um pedaço da carcaça me atingisse, pela velocidade que eu estava, entraria pela frente e sairia por trás do capacete”. Fernando Alonso disse esta frase na sua entrevista de quinta-feira em Nürburgring de maneira tranquila, sem dramas, ao relatar a sorte que havia tido em Silverstone quando desviou da McLaren de Sergio Perez no momento em que o pneu traseiro esquerdo do carro explodiu. A preocupação procedia. Por mais que a Fórmula 1 seja segura, vimos casos recentes nela e em outras categoria que o grande risco ainda é o de objetos atingirem a cabeça dos pilotos.
Ainda assim, foi com um misto de surpresa e admiração que o paddock da categoria recebeu o documento da GPDA, a associação dos pilotos, afirmando que boicotariam o evento caso o problema voltasse a suceder. Há anos que os pilotos evitam ao máximo emitir opiniões em temas mais políticos da F-1. Era um sinal claro de que havia uma preocupação genuína deles com a segurança.
Pelo bem do esporte, melhor que a final de semana na Alemanha tenha corrido sem nenhum problema. Mas seria curioso ver o que aconteceria se houvesse. Ainda na quinta-feira, Kimi Raikkonen, que não é membro da GPDA assim como Valtteri Bottas e Adrian Sutil, afirmou que pilotaria de qualquer jeito, mesmo se os outros fizessem um boicote. É típico do finlandês, um ex-mecânico da McLaren contou no twitter que, no episódio de Indianápolis em 2005, ninguém no time tinha certeza se ele recolheria o carro aos boxes como ordenado ao final da volta de apresentação.
Bernie Ecclestone também comentou que tiraria a super-licença de eventuais “grevistas”. Sei também que chefes de equipe correram para o celular assim que saiu a nota da GPDA para cobrar seus pilotos. Como o final de semana na pista ocorreu normalmente, o assunto parou nisso.
Por mais que eu fique bastante feliz com este sinal de vida dado pela GPDA, não acredito que um possível boicote teria funcionado. No famoso episódio da greve de pilotos na África do Sul em 1982, a coisa só funcionou pela força e carisma de seus líderes na hora de enfrentar os poderosos do esporte, especialmente de Niki Lauda. Algo que falta nos eventuais líderes de hoje. Afinal, Vettel, Webber, Alonso, todos relativizaram o assunto ao falar com a imprensa no dia seguinte. Uma pena.
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