sexta-feira, 26 de julho de 2013

A Red Bull precisa de Kimi*

* Por Luis Fernando Ramos


A disputa pelo cockpit de Mark Webber na Red Bull para o ano que vem está restrita a dois nomes. Kimi Raikkonen é a opção de peso e formaria com Sebastian Vettel um verdeiro “dream team”, com um certo potencial explosivo que sempre existe quando dois pilotos de qualidade similar se encontram na mesma garagem. Daniel Ricciardo é a opção lógica dentro da política de um programa de jovens talentos que busca fomentar nomes para vencer na Fórmula 1 desde as categorias de base.

O australiano que corre na Toro Rosso se saiu muito bem ao volante do RB9 no teste de jovens pilotos em Silverstone. Mostrou ser capaz de fazer voltas rápidas com o carro sem dificuldade e agradou no contato com os engenheiros. É uma pessoa tranquila e descomplicada que jamais ameaçaria o equilíbrio de um ambiente dominado pela qualidade de Vettel. Estaria lá para crescer mais ainda e, quem sabe no futuro, assumir o posto do alemão.

O problema é justamente este. Ricciardo não é um mau piloto, mas em 40 GPs disputados na Fórmula 1, jamais deu sinais de que pode chegar ao nível de pilotos como Vettel. Seria, no máximo, um substituto à altura de Mark Webber. Se um dia Vettel sair da Red Bull, seria preciso encontrar outro nome para seu lugar, porque Ricciardo estaria lá apenas para compor a equipe, não para liderá-la para mais títulos.

Diante disso, vejo Kimi Raikkonen como a melhor opção para o time, mesmo empregando a lógica de formação de pilotos da Red Bull. Com o finlandês a bordo, a Red Bull teria uma dupla fortíssima para esta nova F-1 que entra em vigor no ano que vem com os motores V6. Uma dupla com qualidade de sobre para enfrentar outra dupla forte de uma equipe que vem em franco crescimento, a Mercedes.

A opção por Kimi também daria tempo para a Red Bull buscar alguém dentro de seu programa de jovens pilotos com talento suficiente para suprir uma futura ausência de Sebastian Vettel.  O português Antonio Félix da Costa e o espanhol Carlos Sainz estão cumprindo uma boa trajetória nas categorias de base e podem ser uma solução para isto se puderem crescer sem pressa.

A escolha é óbvia.

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