quinta-feira, 25 de julho de 2013

Em Duas Rodas: Entrevista com Eric Granado.

Embora esteja pesquisando uma matéria própria e tentando um contato exclusivo, ainda sem sucesso, compartilho uma entrevista com o piloto brasileiro de Moto3, Eric Granado.

Para quem gosta de motovelocidade, como não invejar esse brasileiro que teve que esperar completar 16 anos para poder disputar o mundial? Depois da sua estréia na Moto2, com 16 anos, o piloto fala do seu campeonato na Moto3:

Fonte:motonline 

Balanço da primeira metade da temporada Eric –

Este ano eu estou aprendendo muito. Na categoria de Moto3 as motos são muito semelhantes e as diferenças entre a maioria dos pilotos são mínimas; é uma categoria difícil, mas divertida. Nesta primeira parte do ano, tivemos altos e baixos. Felizmente o nosso melhor resultado foi um grande resultado. Acho que faltou um pouco de ritmo e tentar ser mais consistente em todas as corridas. Mas estamos aqui para aprender e estamos chegando nesse objetivo. É a primeira vez que estou em uma equipe tão profissional, está me ajudando a ter um monte de experiência. Cada prova melhora a minha condução e os meus sentimentos, é o que realmente importa. O chassis Kalex cada dia me dá mais confiança, agora eu só preciso melhorar em alguns aspectos, como a concentração, por exemplo.

Qual pista você prefere?

Eric – Da Itália, sem dúvida. Foi a minha melhor prova até agora.

 Eliminaria alguma prova, se pudesse?

Eric – O fim de semana na França foi muito difícil porque eu não conhecia o circuito de Le Mans. A primeira corrida no Qatar também foi difícil pois não haviam referências.

O que está faltando para Eric Granado para ser melhor ainda?

Eric – Eu preciso aprender a ficar mais calmo. Fico muito nervoso entre os treinos oficiais e a corrida e isso me leva a cometer erros quando estou sobre a moto. Quando piloto mais solto sou muito melhor. Por isso preciso aprender a manter a calma. Em Mugelo eu consegui manter-me tranquilo e tudo aconteceu muito melhor.

O que você melhoraria na moto?

Eric – Temos um bom conjunto, a moto está em um nível ideal. Além disso, a motocicleta é Kalex completa. Seu chassi ajuda a ter muita tração e o motor é bastante poderoso. Talvez nos falta um pouco mais de energia em comparação com a KTM, mas eu estou muito feliz com a minha moto. Francamente, não há muito a melhorar. Também tenho uma grande equipe que sabe como manter a moto no seu nível máximo. Talvez eu pedisse um pouco mais de velocidade máxima.

O que você espera da segunda metade da temporada?

Eric – Pessoalmente acho que a segunda parte é a mais bonita. Todo mundo tenta ir mais rápido e é hora de mostrar todo o trabalho realizado, tanto na pré-temporada e na primeira parte do ano. Aprendi muito nas primeiras nove corridas e daqui para frente, até o final da temporada, quero provar que sou capaz de conseguir bons resultados, como em Mugello. Meu objetivo é marcar pontos na maioria das corridas.

O que você planeja para as férias?

Eric – Voltar ao Brasil para estar com a minha família. Também quero ver os meus amigos, e continuar a preparação física e prática de motocross.

Quem tem sido mais forte na primeira metade da temporada?

Eric – Nas últimas corridas Salom tem sido muito forte e também muito inteligente. Mas os três primeiros colocados na classificação geral são todos muito fortes.

Dos circuitos restantes, qual você mais gosta?

Eric – O circuito de Motorland é muito legal e eu também acho o da Malásia. Sepang é incrível, se encaixa muito bem ao meu estilo de pilotagem, porque é uma pista rápida e eu adoro as curvas rápidas. Estou convencido de que lá podemos conseguir um bom resultado.

Depois das férias, há dois trios em menos de três meses. Uma vantagem ou desvantagem?

Eric – Por um lado é complicado, porque se você se machucar em uma corrida não tem tempo para se recuperar. Mas por outro lado é positivo estar em ação por três semanas seguidas. Andar de moto no domingo e na outra sexta-feira já estar sobre ele de novo, e estar mentalmente preparado para suportar tanta ação é ótimo, porque não dá tempo de esfriar, já que tem que estar preparado novamente para a ação em curto intervalo. Não dá tempo de perder as sensações, e isso faz com que se melhore a cada nova corrida.

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