* Por Victor Martins
O cara esperou 12 anos por isso, a vida toda da carreira pensando nisso, abrindo mão de títulos se fosse possível só por isso. E parecia, sim, que seria aqueles casos de perseguição a algo que nunca lhe seria tangível, como se a sina tivesse de fazer parte do currículo.
O 12º lugar no grid não era nada, mas diante da força de Penske e Andretti, não havia ninguém ali a apontar favoritismo. Mas bastaram as primeiras voltas para notar que o carro estava no chão, andando na mesma toada das grandes, e pilotando o fino, seu nome passou a ser forte nas apostas. O último pit foi lento, e com Hunter-Reay andando forte e este fantástico Muñoz pintando como zebra histórica, as dúvidas vieram à tona. A penúltima bandeira amarela, a de Rahal, foi crucial naquele momento: o de ficar em segundo para pegar o vácuo na relargada e retomar a ponta, e a última sacramentou a vitória.
Destas curiosidades que a vida traz, foi o acidente do grande amigo Franchitti que trouxe a quadriculada da glória e da realidade do sonho.
Ninguém merecia mais no mundo que Kanaan ganhar as 500 Milhas de Indianápolis, e sua “cara feia” vai ser estampada no troféu. O mundo todo venceu, sorri e chora junto.
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