segunda-feira, 5 de março de 2012

AGORA, MELBOURNE*

* Por Flávio Gomes

Pois terminou a pré-temporada. As equipes tiveram 12 dias para treinar. A maioria delas usou carro novo o tempo todo. Outras, como Mercedes e Lotus, entre as que importam, perderam alguns dias por um probleminha ou outro.

Os aurinegros fecharam o último dia com o melhor tempo do inverno em Barcelona. Com Raikkonen. Já tinha andado bem, a Lotus, com Grosjean. É uma equipe que pode aprontar nas primeiras corridas, como fez no ano passado com um pódio de Petrov e outro de Heidfeld. O carro é rápido e Kimi é sempre um competidor interessante.

A Ferrari é a grande interrogação. Será possível que tenha saído um carro ruim de novo? Silêncio forçado dos pilotos e pessimismo do corpo técnico indicam que será um ano daqueles. E, se for, pode vitimar pelo menos duas figuras de proa de Maranello: Domenicali e Massa.

Quanto a Alonso, que tenha paciência. Vai para sua terceira temporada de Ferrari. Schumacher enfrentou calvário parecido. Chegou em 1996 numa equipe em frangalhos que estava sendo remontada, foi vice em 1997 (“título” cassado) e 1998, poderia ser campeão em 1999 se não quebrasse a perna e só no quinto ano de vermelho veio a taça. É preciso paciência e perseverança. E, também, montar um time à sua volta, como fez o alemão ao convencer Todt a trazer seus parceiros Brawn e Byrne. Leva tempo, mas quando pega no breu, funciona. Ao menos funcionou com Schumacher.

Dos carros novos, só não se viram os da Marussia e da HRT. O hispânico fará um shakedown amanhã, se der. O marússico, só na Austrália. Duvido que se classifiquem para o grid em Melbourne. Mas tomara que sim, coitados. Ir até lá para ficar vendo a corrida dos boxes é muito triste.

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