* Por Lívio Oricchio
A vitória de Jenson Button, ontem, não é um episódio isolado. A McLaren não venceu uma prova atípica. Não é o caso de não imaginá-la forte em outras pistas. Menos ainda de a Red Bull voltar a dominar o campeonato, como nos dois útimos anos. Seria surpreendente.
Os testes em Jerez de la Frontera e Barcelona já haviam indicado que o modelo MP4/27-Mercedes, de Button e Hamilton, era veloz. No fim semana, em Melbourne, descobrimos quanto: mais que a Red Bull, ao menos nessa fase inicial da temporada; num certo sentido, um pouca contra a sugestão dos ensaios. Não é tudo: Mercedes e Lotus demonstraram, também, que a boa impressão dos testes tinha fundamento.
Falta-lhes consistência, mas é natural. A Mercedes apresentou seu rápido W03 apenas na segunda série de treinos, em Barcelona, e a Lotus perdeu aquela série, para rever o problema estrutural do chassi. O mais importante é que esses dois times dispõem de excelente base para, num curto espaço de tempo, poderem lutar com Red Bull e, talvez até a McLaren, nesse momento um passo (pequeno) à frente.
A Fórmula 1 sai da Austrália com a certeza de que o campeonato não será uma apresentação solo de uma equipe, temor de todos. A Red Bull, pela profunda competência de seus homens, está na disputa e com muita força. Mas desta vez com adversários bem preparados. Ser campeã pela terceira vez seguida exigirá esforços ainda maiores de 2010 e 2011, quando seu carro tinha uma importante vantagem técnica em relação aos demais.
Faz todo sentido, portanto, ratificar o que se desenhava desde o anúncio da proibição do escapamento aerodinâmico, no ano passado, recurso melhor dominado pela Red Bull e uma das razões principais de sua hegemonia em 2011: as vitórias deverão, mesmo, ser distribuídas entre os times.
É prudente aguardar o que irá ocorrer já no próximo fim de semana, na Malásia, circuito permanente, mais de acordo com a maioria das pistas do calendário, para uma conclusão definitiva sobre o verdadeiro potencial de cada equipe. Mas parece pouco provável que mude radicalmente o que nos foi apresentado na Austrália.
A Ferrari está, por enquanto, fora dessa luta. E seria, da mesma forma, uma surpresa se o modelo F2012 evoluir a ponto de se comparar com os carros de McLaren, Red Bull, Mercedes e Lotus. Pouco provável, porém não impossível. Um projeto radical como o da Ferrari ou leva um time ao sucesso ou ao fracasso, dificilmente fica no meio termo. E a história mostra que projetos radicais são bem mais reprovados do que levam uma organização a vencer.
5 comentários:
Galera quero fazer uma sugestão aqui.
Porque vocês não colocam assim como fazem para formula 1 a transmissão da stock car aqui pelo site? seria muito legal! ou da formula indy também apesar de muita gente não gostar (eu sou um desses) com certeza tem gente que gosta e sente falta disso por aqui.
Merce: Gostamos de todo tipo de corrida também, tanto que nos últimos anos, sempre quando não houve exibição dessas duas categorias (Stock e Indy) na TV aberta, abrimos o link do stream aqui no Blog. Inclusive a corrida final da Indy com o acidente fatal do Dan Wheldon teve transmissão ao vivo e com informações em tempo real. Pode ter certeza, sempre que for necessário, faremos o possível para facilitar o acesso a quem é fanático por velocidade como nós!
Ciao, Ferrari!
Ciao, Massa!
Ciao, Domenicalli!
Hai capito?
Campeonato ta perdido. Sem Rubito...
Vetel levou em anos anteriores pelo desempenho do motor e aderência do carro as pistas, talento...acredito q não foi tanto, apenas competente.
Talento, talvez veremos agora!
Hamilton, Schumi, Raikk e Alonso, esses caras tem q mostrar agora!
Massa, é falar menos(como fez já na austrália)...e guiar mais (deixou de fazer). Lembrando q na GP3 temos um brasileiro também campeão..porém sem patrocinador.
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