Ayrton Senna decidiu que ganharia de qualquer maneira o GP de 1991, naquela oitava tentativa.
Começou fazendo a pole, na sua característica, nos últimos segundos do treino, tendo Alain Prost no mesmo instante dividindo a pista de Interlagos:
Senna partiu na pole position e liderava com sobras até a 65ª das 71 voltas, quando sentiu que a segunda marcha não engatava. Em seguida travaram a terceira e a quarta. Quando abriu a 68ª volta, o boxe mostrou-lhe a placa informando que tinha perdido 3 segundos em três voltas para o Williams-Renault de Riccardo Patrese. Resolveu pisar mais fundo mas sentiu uma pontada nas têmporas quando a quinta marcha também não encaixou. Só restava a sexta velocidade e ainda faltavam três voltas para o fim da corrida. Aí Senna decidiu desprezar as informações do boxe e dos instrumentos do painel e acelerou para o “fosse o que Deus quisesse”. Chegou à frente do FW14 de Riccardo Patrese a insignificantes 2 segundos, mas não viu a bandeirada, porque já chorava na reta final. E depois desabafou: “Foi a vitória mais sofrida. Mas, se era o preço de ganhar em Interlagos, valeu. Foi barato”.
Resultado final
1 - Ayrton Senna - McLaren-Honda
2 - Riccardo Patrese - Williams-Renault
3 - Gerhard Berger - McLaren-Honda
4 - Alain Prost - Ferrari
5 - Nelson Piquet - Benetton-Cosworth
6 - Jean Alesi - Ferrari
Pole-position - Ayrton Senna - McLaren-Honda
3 comentários:
Chorei, mas chorei muuuuito nesse dia.
Hoje, me arrependo amargamente de não ter estado lá, enquanto ele corria!
CARALHOOOOO...
inesquecível, heróico, FANTÁSTICO GP Brasil 1991!!!
"Hoje, me arrependo amargamente de não ter estado lá, enquanto ele corria"[2]
JURO POR DEUS que eu teria pulado aquele alambrado...
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