Há exatos vinte anos, no circuito de Suzuka, Ayrton Senna conseguia uma de suas maiores conquistas na carreira: o seu segundo título mundial. No mesmo palco em que havia perdido para Alain Prost no ano anterior, graças à manobra polêmica do rival, o brasileiro tomou atitude parecida e decidiu a disputa em 21 de outubro de 1990.
Começou fazendo a pole-position:
Depois de fazer a pole-position de número 51 em sua carreira, Senna tinha Prost a seu lado no grid. Do lado limpo da pista. Ayrton havia pedido para que a organização invertesse as posições de largada, para que o pole largasse no melhor lado da pista — pedido negado pela FISA de Jean-Marie Balestre, notório desafeto do brasileiro.
Com a bandeira verde tremulada, aconteceu o óbvio: Prost assumiu a liderança e se aprontava para fazer a curva 1 quando Senna apontou por dentro. Ao tentar fechar a porta no ínfimo espaço, o francês cometeu o erro que renderia o título a Ayrton: os dois se chocaram em alta velocidade e foram parar na brita. Estava definido o título.
Na saída do carro, o semblante dos dois pilotos demonstrava exatamente o que o resultado da prova mostrava: um Prost resignado por sofrer exatamente o que havia provocado um ano atrás e um Senna vingativo, parecendo rir raivosamente por dentro.
Depois do abandono vitorioso de Senna e derrotado de Prost, a corrida seguiu e teve uma dobradinha brasileiro no fim: de Benetton, Nelson Piquet e Roberto Moreno foram primeiro e segundo, com Aguri Suzuki completando o pódio. Foi a melhor posição do japonês na F1.
Já campeão em 1988, Senna voltaria a levar o título da categoria em 1991, também pela McLaren.
Fonte: Grande Premio
Um comentário:
a vingança de 1989!!!
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