sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Sobre o imbróglio Massa-Perez-Ferrari*
* Por Livio Oricchio
Li no site da revista Autosport, hoje, que Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, descartou a eventual contratação do mexicano Sergio Perez, da Sauber, para o caso de substituir Felipe Massa. E depois liguei para Luca Colajanni, assessor da Ferrari, para confirmar a declaração de Montezemolo e lhe fazer algumas perguntas.
O presidente da empresa afirmou a Sky Sports News: “Colocar um rapaz bem jovem na Ferrari, com a pressão da Ferrari… É preciso mais experiência. Na próxima temporada ainda é muito cedo”. Perez tem 22 anos e está no seu segundo ano na Fórmula 1. Tem 30 GPs no currículo, com três pódios no campeonato em curso. Foi segundo na Malásia, terceiro no Canadá e segundo na Itália, domingo. Em 2011, marcou pontos em cinco ocasiões.
Perez é piloto da academia da Ferrari. A escuderia seleciona jovens com potencial, investe na sua formação e participa com verba para competir nas categorias de base.
Ao conversar com Colajanni, agora há pouco, 17 horas para mim, disse que se esse é o critério então outros pilotos com pouca experiência, cotados à vaga de Massa, se de fato não tiver o contrato renovado, também deveriam se sentir descartados. O assessor respondeu: “Não transfira o que o nosso presidente disse para outros pilotos. Fizeram-lhe uma pegunta sobre Perez e a resposta foi específica para ele”.
O que temos de levar em consideração nessa história? Primeiro: não há definição sobre Massa. Soube em Monza que Stefano Domenicali lhe deu um prazo para provar a recuperação iniciada em Mônaco. E esse prazo seria Suzuka ou Coreia do Sul. Segundo: se proceder o que Colajanni comentou, e acredito nele, então o alemão Nico Hulkenberg, da Force India, 25 anos, 32 GPs de experiência, continua no páreo.
Só não sei o que Montezemolo dirá se ele substituir Massa, pois tem exatamente a mesma bagagem de Perez. Por que é alemão e menos emotivo? Por que é alemão e o último alemão que passou pela Ferrari entrou com a equipe para a história? E se Hulkenberg for o escolhido, se Massa não ficar, será um tremendo descaso ao programa da academia. Hulkenberg é tão mais talentoso assim que o mexicano que justificaria desprezar Perez, tendo ambos a mesma experiência? Não é o que as 13 etapas disputadas este ano sugerem.
Na lista dos potenciais companheiros de Fernando Alonso em 2013 aparece também Paul Di Resta. Mas eu me surpreenderia muito se o escocês for para lá. Não escrevi isso ainda: saí de Monza com sensação oposta à que tinha até o GP da Alemanha. Trouxe comigo da Itália, e essa é também a impressão de jornalistas alemães mais próximos de Michael Schumacher, e meus amigos, que o piloto dos números mais espetaculares de todos os tempos vai parar. Não irá renovar o contrato com a Mercedes.
E como já escrevi aqui e reescrevi que Lewis Hamilton está usando o convite da Mercedes para conseguir o valor do contrato que deseja da McLaren, a vaga no time alemão deve ficar para Paul Di Resta. E faz sentido. A Mercedes investiu na sua formação, ele fez a sua parte, evoluiu, mostrou poder crescer na Fórmula 1, representa a escolha natural da montadora. O que não faz sentido é entregá-lo para a Ferrari. Mas você bem sabe como eu que na Fórmula 1 por vezes as coisas não seguem os caminhos lógicos. Ah, pelo critério de Montezemolo, Di Resta é da mesma forma pouco experiente, 26 anos e somente 32 GPs nas costas.
De acordo com amigo muito próximo de Kimi Raikkonen: “Esqueça a Ferrari. Kimi não vai para lá”. Também ponho fé nesse companheiro de anos e que foi o responsável por Kimi aceitar que eu viajasse à Finlândia para entrevistar sua família, na casa deles, em Espoo. E fui recebido como um amigo embora nunca me tivessem visto na vida.
De todo esse imbróglio, que lição podemos tirar? Vejo um nome, apenas, na disputa com Massa: Hulkenberg. Se Massa não ratificar nas próximas três etapas ser capaz de marcar bons pontos com regularidade, seu maior exame nessa seleção, e Montezemolo e Domenicali decidirem substituí-lo, penso que o alemão da Force India deverá ser o companheiro de Alonso no ano que vem, depois que Mark Webber, Red Bull, e Jenson Button, McLaren, agradeceram o interesse mas responderam não.
Li no site da revista Autosport, hoje, que Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, descartou a eventual contratação do mexicano Sergio Perez, da Sauber, para o caso de substituir Felipe Massa. E depois liguei para Luca Colajanni, assessor da Ferrari, para confirmar a declaração de Montezemolo e lhe fazer algumas perguntas.
O presidente da empresa afirmou a Sky Sports News: “Colocar um rapaz bem jovem na Ferrari, com a pressão da Ferrari… É preciso mais experiência. Na próxima temporada ainda é muito cedo”. Perez tem 22 anos e está no seu segundo ano na Fórmula 1. Tem 30 GPs no currículo, com três pódios no campeonato em curso. Foi segundo na Malásia, terceiro no Canadá e segundo na Itália, domingo. Em 2011, marcou pontos em cinco ocasiões.
Perez é piloto da academia da Ferrari. A escuderia seleciona jovens com potencial, investe na sua formação e participa com verba para competir nas categorias de base.
Ao conversar com Colajanni, agora há pouco, 17 horas para mim, disse que se esse é o critério então outros pilotos com pouca experiência, cotados à vaga de Massa, se de fato não tiver o contrato renovado, também deveriam se sentir descartados. O assessor respondeu: “Não transfira o que o nosso presidente disse para outros pilotos. Fizeram-lhe uma pegunta sobre Perez e a resposta foi específica para ele”.
O que temos de levar em consideração nessa história? Primeiro: não há definição sobre Massa. Soube em Monza que Stefano Domenicali lhe deu um prazo para provar a recuperação iniciada em Mônaco. E esse prazo seria Suzuka ou Coreia do Sul. Segundo: se proceder o que Colajanni comentou, e acredito nele, então o alemão Nico Hulkenberg, da Force India, 25 anos, 32 GPs de experiência, continua no páreo.
Só não sei o que Montezemolo dirá se ele substituir Massa, pois tem exatamente a mesma bagagem de Perez. Por que é alemão e menos emotivo? Por que é alemão e o último alemão que passou pela Ferrari entrou com a equipe para a história? E se Hulkenberg for o escolhido, se Massa não ficar, será um tremendo descaso ao programa da academia. Hulkenberg é tão mais talentoso assim que o mexicano que justificaria desprezar Perez, tendo ambos a mesma experiência? Não é o que as 13 etapas disputadas este ano sugerem.
Na lista dos potenciais companheiros de Fernando Alonso em 2013 aparece também Paul Di Resta. Mas eu me surpreenderia muito se o escocês for para lá. Não escrevi isso ainda: saí de Monza com sensação oposta à que tinha até o GP da Alemanha. Trouxe comigo da Itália, e essa é também a impressão de jornalistas alemães mais próximos de Michael Schumacher, e meus amigos, que o piloto dos números mais espetaculares de todos os tempos vai parar. Não irá renovar o contrato com a Mercedes.
E como já escrevi aqui e reescrevi que Lewis Hamilton está usando o convite da Mercedes para conseguir o valor do contrato que deseja da McLaren, a vaga no time alemão deve ficar para Paul Di Resta. E faz sentido. A Mercedes investiu na sua formação, ele fez a sua parte, evoluiu, mostrou poder crescer na Fórmula 1, representa a escolha natural da montadora. O que não faz sentido é entregá-lo para a Ferrari. Mas você bem sabe como eu que na Fórmula 1 por vezes as coisas não seguem os caminhos lógicos. Ah, pelo critério de Montezemolo, Di Resta é da mesma forma pouco experiente, 26 anos e somente 32 GPs nas costas.
De acordo com amigo muito próximo de Kimi Raikkonen: “Esqueça a Ferrari. Kimi não vai para lá”. Também ponho fé nesse companheiro de anos e que foi o responsável por Kimi aceitar que eu viajasse à Finlândia para entrevistar sua família, na casa deles, em Espoo. E fui recebido como um amigo embora nunca me tivessem visto na vida.
De todo esse imbróglio, que lição podemos tirar? Vejo um nome, apenas, na disputa com Massa: Hulkenberg. Se Massa não ratificar nas próximas três etapas ser capaz de marcar bons pontos com regularidade, seu maior exame nessa seleção, e Montezemolo e Domenicali decidirem substituí-lo, penso que o alemão da Force India deverá ser o companheiro de Alonso no ano que vem, depois que Mark Webber, Red Bull, e Jenson Button, McLaren, agradeceram o interesse mas responderam não.
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