* Por Flávio Gomes
Antes de mais nada, justiça jornalística seja feita: há mais de um mês o colega Américo Teixeira Jr., que tem entre suas qualidades a incomparável condição de torcedor da Portuguesa, cravou que Massa fica na Ferrari em 2013.
Está aqui, de papel passado, com firma reconhecida e autenticado. E não é como a novela do Ganso, não, que assim que assinou com os co-irmãos do Jardim Leonor ganhou uma legião de autores garantindo que já tinham revelado o final antes de todo mundo.
As últimas notícias que chegam da Europa, mais as declarações de Montezemolo (“Pérez é jovem demais”), Domenicali (“Temos confiança nele”), Alonso (“Para trocar, tem de ser alguém melhor”) e também do papa Bento XVI (“Deus abençoe todas os brasileirras”, ele disse na missa de Páscoa), apontam numa só direção: Felipe fica no ano que vem.
É quase uma façanha, considerando a linha do tempo de 2012: um péssimo começo de temporada, críticas violentíssimas da imprensa italiana, especulações de todos os lados sobre seu eventual substituto, ascensão clara de um jovem ligado ao time, como Pérez, resultados pífios, nenhuma atuação convincente. Aí vem uma sequência de quatro corridas nos pontos e parece que é o bastante para a Ferrari bater o martelo.
Mas conhecendo-se a Ferrari, e tentando compreender o atual momento da F-1, faz todo sentido. No caso da equipe, a simples presença de Alonso anula qualquer grande sonho de consumo para o segundo cockpit. Meio que pode ser qualquer um. E se já se tem em casa alguém conhecido, afável, acostumado com o modus operandi, que sabe por onde entra na firma, onde fica o banheiro e a melhor máquina de cafezinho, para que inventar? Já com um olho na categoria como um todo, trocar de piloto, no caso das grandes, é quase uma inconveniência. Dá trabalho, é preciso um período de adaptação, custa caro etc, etc e etc. Só se for algo mesmo muito urgente e necessário.
Essa parece ser a lógica que norteia a decisão de anúncio iminente. A Ferrari não quer ter muita dor de cabeça. Felipe faz um ano ruim, mas pode melhorar. E ninguém precisa ensinar nada a ele. É só recuperar a forma que já apresentou no passado.
Massa não vem fazendo nada para merecer entusiasmo algum da turma de Maranello, e, assim, a permanência vai se dever muito mais ao conjunto da obra do que à memória recente do que realizou nas últimas três temporadas. É um raro voto de confiança num mundo corporativo cada vez mais competitivo e impessoal. E aí existe mérito para o brasileiro: ele soube construir, nestes 11 anos de Maranello, uma relação forte o bastante para que o time dê a ele tal voto de confiança.
Que aproveite e renasça.
2 comentários:
Se isso se confirmar,sera mais um ano CAPACHO do Felipe.A permanencia de Felipe Massa na Ferrari para 2013 se deve UNICA e EXCLUSIVAMENTE por exigencia do Alonso,que não quer correr riscos ao trocar um cachorrinho que ja esta domesticado por um outro,mais jovem e cheio de energia e ambições que pode querer colocar as asinhas de fora(Perez).Não tenho um pingo de duvidas ao afirmar que: A PALAVRA FINAL FOI DO EL FODON.Barrichello e Massa transformaram a F1 em um simples EMPREGO,se esqueceram que isso é acima de tudo um esporte.
O Rubinho ainda teve a capacidade de sair q ir pra outra equipe, mesmo inferior, tentar não ficar na sombra de alguém.
Massa já devia ter feito isso.
Nossos representantes estão uma lástima...
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