terça-feira, 18 de setembro de 2012
Ninguém é imprescindível na Fórmula 1*
* Por Lívio Oricchio
A McLaren partiu para o ataque. Agora é Lewis Hamilton quem tem de se defender, ou fazer concessões. Até a prova de Monza, dia 9, o piloto inglês fez o que bem entendeu da paciência de Ron Dennis, sócio da equipe, e Martin Whitmarsh, diretor geral. Usou a proposta da Mercedes, verdadeira, para ameaçar Dennis e Whitmarsh: se não pagarem o que quero vou embora.
Pois sábado a McLaren mandou um recado a Hamilton: teve uma conversa com o mexicano Sergio Perez, da Sauber, destaque da temporada, com três pódios, segundo na Malásia e na Itália e terceiro no Canadá. E bastou a imprensa inglesa publicar, ontem, o contato com Perez para Hamilton, com certeza assustado, se manifestar: “Ainda não assinei com ninguém”, afirmou.
E o recado veio de longe. O inglês de 27 anos está em Mumbai, na Índia, numa atividade promocional da Vodafone. Andou com o carro de Fórmula 1 da McLaren pelas ruas da cidade. Milhares assistiram.
Ao dizer, em público, não ter compromisso com a Mercedes, pede, ao mesmo tempo, para Dennis e Whitmarsh não assinarem com Perez. Hamilton está sentindo na pele uma dura lição da F-1: é um meio que gosta de deixar claro que ninguém é imprescindível. Seja quem for.
Apesar de nos próximos dias a viagem até Cingapura e as obrigações da competição no fim de semana dificultarem um entendimento, pode ser que as negociações evoluam.
Hamilton sabe que a McLaren deseja muito a sua permanência, mas viu que não é questão de vida ou morte. Como pensava. Perez, por exemplo, pode vir a ser boa opção. E quem teria a perder seria ele, Hamilton, pois entre o potencial de sucesso da McLaren e da Mercedes, hoje, não há o que pensar. A transferência para a Mercedes representaria um passo atrás no seu sonho de conquistar mais títulos. Atenderia somente ao pré-requisito de ganhar mais dinheiro.
Na realidade, Dennis e Whitmarsh não estão apenas cheios da intransigência de Hamilton com o valor do novo contrato. Mas também do responsável da empresa que gerencia sua carreira, Simon Fuller, da XIX Entertainment. Dennis e Whitmarsh dizem não poder pagar o que Hamilton recebeu nos últimos quatro anos, contando com este, cerca de US$ 25 milhões (R$ 45 milhões) por temporada.
Hamilton e Fuller não abrem mão de pelo menos o mesmo valor e exigem uma série de outros direitos, capazes de aumentar essa importância, bem como ficar com os troféus obtidos. Na McLaren os pilotos recebem uma réplica em razão de os originais Dennis os colocar numa ala especial da escuderia, em Woking, ao sul de Londres.
Depois do GP de Cingapura, domingo, 14.º do calendário, a Fórmula 1 vai se manter pela Ásia até 4 de novembro, quando embarca para Austin, no Texas. Mas nesse espaço de tempo se apresentará no Japão, na Coreia, Índia, e nos Emirados Árabes Unidos, em Abu Dabi, e definirá conjuntamente o futuro de muitos pilotos.
Hamilton, por exemplo, McLaren ou Mercedes; Perez, McLaren ou Sauber; Michael Schumacher, Mercedes ou nova aposentadoria; Felipe Massa, Ferrari ou outro time, desconhecido ainda, dentre outros pilotos. Tudo em princípio, pois nada impede de virem a assinar com outro time até agora pouco cotado.
A McLaren partiu para o ataque. Agora é Lewis Hamilton quem tem de se defender, ou fazer concessões. Até a prova de Monza, dia 9, o piloto inglês fez o que bem entendeu da paciência de Ron Dennis, sócio da equipe, e Martin Whitmarsh, diretor geral. Usou a proposta da Mercedes, verdadeira, para ameaçar Dennis e Whitmarsh: se não pagarem o que quero vou embora.
Pois sábado a McLaren mandou um recado a Hamilton: teve uma conversa com o mexicano Sergio Perez, da Sauber, destaque da temporada, com três pódios, segundo na Malásia e na Itália e terceiro no Canadá. E bastou a imprensa inglesa publicar, ontem, o contato com Perez para Hamilton, com certeza assustado, se manifestar: “Ainda não assinei com ninguém”, afirmou.
E o recado veio de longe. O inglês de 27 anos está em Mumbai, na Índia, numa atividade promocional da Vodafone. Andou com o carro de Fórmula 1 da McLaren pelas ruas da cidade. Milhares assistiram.
Ao dizer, em público, não ter compromisso com a Mercedes, pede, ao mesmo tempo, para Dennis e Whitmarsh não assinarem com Perez. Hamilton está sentindo na pele uma dura lição da F-1: é um meio que gosta de deixar claro que ninguém é imprescindível. Seja quem for.
Apesar de nos próximos dias a viagem até Cingapura e as obrigações da competição no fim de semana dificultarem um entendimento, pode ser que as negociações evoluam.
Hamilton sabe que a McLaren deseja muito a sua permanência, mas viu que não é questão de vida ou morte. Como pensava. Perez, por exemplo, pode vir a ser boa opção. E quem teria a perder seria ele, Hamilton, pois entre o potencial de sucesso da McLaren e da Mercedes, hoje, não há o que pensar. A transferência para a Mercedes representaria um passo atrás no seu sonho de conquistar mais títulos. Atenderia somente ao pré-requisito de ganhar mais dinheiro.
Na realidade, Dennis e Whitmarsh não estão apenas cheios da intransigência de Hamilton com o valor do novo contrato. Mas também do responsável da empresa que gerencia sua carreira, Simon Fuller, da XIX Entertainment. Dennis e Whitmarsh dizem não poder pagar o que Hamilton recebeu nos últimos quatro anos, contando com este, cerca de US$ 25 milhões (R$ 45 milhões) por temporada.
Hamilton e Fuller não abrem mão de pelo menos o mesmo valor e exigem uma série de outros direitos, capazes de aumentar essa importância, bem como ficar com os troféus obtidos. Na McLaren os pilotos recebem uma réplica em razão de os originais Dennis os colocar numa ala especial da escuderia, em Woking, ao sul de Londres.
Depois do GP de Cingapura, domingo, 14.º do calendário, a Fórmula 1 vai se manter pela Ásia até 4 de novembro, quando embarca para Austin, no Texas. Mas nesse espaço de tempo se apresentará no Japão, na Coreia, Índia, e nos Emirados Árabes Unidos, em Abu Dabi, e definirá conjuntamente o futuro de muitos pilotos.
Hamilton, por exemplo, McLaren ou Mercedes; Perez, McLaren ou Sauber; Michael Schumacher, Mercedes ou nova aposentadoria; Felipe Massa, Ferrari ou outro time, desconhecido ainda, dentre outros pilotos. Tudo em princípio, pois nada impede de virem a assinar com outro time até agora pouco cotado.
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