quinta-feira, 28 de junho de 2012

FUTUROLOGIA: BRASILEIROS, MALDONADO E ALONSO

* Por Vanessa Ruiz


A temporada ainda nem chegou ao meio, estamos apenas na oitava etapa -- que ainda nem aconteceu, a bem da verdade --, mas a conversa sobre vagas em 2013 deu o tom no início deste final de semana, principalmente as vagas dos brasileiros, que não andam muito bem.

Até agora, a melhor posição de Massa foi um sexto lugar em Mônaco que, segundo o piloto da Ferrari, pode ser considerada uma etapa divisora de águas na história deste ano. Por mais que ele tenha feito pelo menos duas boas corridas no início da temporada, colocações abaixo de Alonso ofuscaram o desempenho e serviram de ignição para os rumores sobre o próximo companheiro do espanhol, já que o contrato de Massa acaba neste ano.

A última de Alonso foi revelar que, na Ferrari, tem direito a dar opinião sobre seu companheiro de time. Ao contrário do que se falou por aí, Alonso não disse que tem poder de veto, embora seja bem possível que haja algo no contrato que o permita ao menos dizer o que pensa... e ser ouvido.

Felipe Massa está nitidamente desconfortável no trato do tema, não sem razão: quer queiramos, quer não, ainda é cedo para falar sobre 2013. E este "cedo" é potencializado pela ausência de algum resultado que chame a atenção positivamente.

Neste ponto, há uma convergência entre os casos de Felipe Massa e Bruno Senna, já que, até agora na temporada, nenhum dos dois conseguiu mostrar algo que valha uma renovação. Outra semelhança é que ambos têm companheiros de equipe extremamente seguros. Alonso já não tem que provar nada para ninguém, enquanto Maldonado assegura sua relevância com um discurso inflamado pela vitória em Barcelona. Para o venezuelano de 27 anos, o futuro da F1 está nas mãos dele, de Romain Grosjean (Lotus) e de Sergio Perez (Sauber), que seriam os únicos em condição de manter o legado dos pilotos experientes atuais. Outros como Senna, Kobayashi, Alguersuari ficaram de fora da análise de Pastor. E, honestamente, não sem motivo já que, de fato, os três citados por Maldonado são os que mais vêm se destacando no ano.

A lista de três nomes veio com naturalidade em resposta quando perguntei a Maldonado quais seriam as razões de ele ter tanta certeza de que estará no grid em 2013, mesmo sem saber a equipe. Vale frisar que Maldonado não tem nada de pedante ou nariz empinado, antes que alguém comece a pegar bronca do moço à toa.

Voltando a Massa e Senna, há ao menos uma grande diferença entre as situações de ambos: enquanto Massa analisa outras opções porque o clima na Ferrari talvez já não seja mais para ele, Bruno Senna soa como se preferisse permanecer na Williams, até para ter a oportunidade de desenvolver um trabalho de médio prazo, pelo menos, numa mesma equipe. Pingar de time em time não é das coisas mais fáceis porque é sempre um novo começo.

Ainda é cedo, volto a dizer, mas é nítido que Massa e Senna estão ligados. De bobos, não têm nada. E reconhecem que está passando da hora de mostrar serviço levando em conta os carros relativamente bons que têm nas mãos.

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