* Por Rafael Lopes
E chegamos ao Grande Prêmio da Europa, no Circuito de Rua de Valência, com o campeonato mais equilibrado da história da Fórmula 1. Já são sete vencedores diferentes em sete corridas em 2012: Jenson Button (Austrália), Fernando Alonso (Malásia), Nico Rosberg (China), Sebastian Vettel (Bahrein), Pastor Maldonado (Espanha), Mark Webber (Mônaco) e Lewis Hamilton (Canadá). Será que teremos o oitavo nas ruas da cidade espanhola? É claro que as chances são menores que nas corridas anteriores, mas elas existem: a Lotus de Romain Grosjean e Kimi Raikkonen ainda não ganhou. Entre as grandes, Michael Schumacher (Mercedes) e Felipe Massa (Ferrari) estão em branco. Isso sem falar em Sergio Pérez, da surpreendente Sauber.
Isto posto, acho difícil que tenhamos um oitavo vencedor diferente em 2012. Por sinal, se tivesse de apostar, não arriscaria meu dinheiro. É claro que em um ano tão equilibrado, pensar nisso não é nenhum absurdo, mas os candidatos mais fortes já subiram ao alto do pódio. Aplicar todas as fichas em um oitavo vencedor, neste caso, seria jogar contra a banca: dificilmente a pessoa se daria bem, a não ser por sorte. Pode até ser cautela demais, mas é sempre bom não esquecê-la na hora de arriscar um palpite em uma temporada como essa.
Sobre o fim de semana, o Circuito de Rua de Valência é mais um daqueles idealizados pelo arquiteto alemão Hermann Tilke. Ou seja: temos muitas retas seguidas de cotovelos ou freadas fortes. Desde sua estreia no calendário, em 2008, a pista ainda não proporcionou uma corrida boa sequer. Nem no ano passado, já com o advento da asa móvel (DRS), tivemos animação nas 57 voltas do GP. Espero sinceramente que neste domingo seja diferente, apesar de não acreditar muito nesta possibilidade. Apesar de também ser um traçado urbano, ele se assemelha mais ao Albert Park, na Austrália, do que ao travado traçado de Mônaco.
Por isso, não seria nenhum absurdo afirmar que a McLaren entra bem para a corrida em Valência. Entretanto, não dá para dizer que a equipe inglesa é a favorita. Pode ser precipitado, mas a temporada parece dividida entre três equipes: McLaren, RBR e Ferrari, com Mercedes e Lotus correndo por fora. Isso não quer dizer que não teremos mais surpresas. Com os pneus da Pirelli, elas sempre estarão presentes. Uma boa administração do desgaste pode significar um ganho impressionante de desempenho. Taí o exemplo da Sauber e de Pérez.
Além da Sauber, a Williams também é uma equipe sempre presente na briga pelas posições na zona de pontuação. Pastor Maldonado já venceu uma corrida, algo impensável para a equipe em 2011, e Bruno Senna tem andado bem – mas precisa, urgentemente, melhorar nos treinos classificatórios. Só que a queda de desempenho no Canadá foi preocupante. A menor verba do time já estaria influenciando os resultados? Ainda é prematuro fazer esta afirmação. E Valência servirá para traçarmos um panorama do resto do ano da Williams.
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