* Por Lívio Oricchio
Se pudessem, os dois pilotos brasileiros que disputam a Fórmula 1 provavelmente desejariam apagar de suas memórias a edição de ontem do GP do Canadá. Felipe Massa realizou boa classificação ao obter o sexto tempo, ultrapassou Nico Rosberg, da Mercedes, na segunda volta da corrida, para assumir o quinto lugar, mantinha ritmo muito bom, mas três voltas apenas depois cometeu um erro não compatível com sua experiência de 159 GPs, comprometendo um melhor resultado. Recebeu a bandeirada apenas em décimo.
“Erro meu, lógico, de quem? Sempre os reconheço”, disse. “Estou decepcionado.” Para a imprensa italiana, usou a palavra “cagada”. Na freada da primeira curva, depois da linha de chegada, a Ferrari de Massa simplesmente escapou de traseira. “Eu não fiz nada de diferente das voltas anteriores. Não procurei frear depois. Toquei a zebra, o carro começou a rodar e perdi o controle. Pedi desculpa à equipe no rádio e peço agora à torcida.” Caiu para a 12.ª colocação. “Mas precisei parar para substituir os pneus em seguida por eles terem ficado quadrados com a rodada, o carro vibrava muito.”
A Ferrari tentou mantê-lo na pista na estratégia de um pit stop apenas. “Tínhamos de fazer algo diferente. Cheguei a fica em sexto. No fim, eu não tinha mais pneus e precisei trocá-los.” Massa fez a primeira parada na 12.ª volta e a segunda, na 58.ª, a 12 da bandeirada. “Se a equipe tivesse me chamado um pouco antes deveria dar para ganhar mais uma ou duas posições.” Massa erra no momento mais inoportuno possível, quando começava a reconstruir sua imagem bastante desgastada na Fórmula 1.
“O mais importante é que eu estava rápido antes de rodar e depois. Hoje era dia para pensar em pódio.” É preciso ver se a direção da Ferrari ainda acredita ser possível. E se pretende seguir na Fórmula 1, caso deixe o time italiano, se os responsáveis pelas demais escuderias também.
Bruno Senna, da Williams, da mesma forma deixou Montreal frustrado com o 17.º lugar no circuito Gilles Villeneuve, ontem, depois de ter sido apenas o 16.º no grid, sábado. “Para a estratégia de um pit stop só funcionar eu deveria ser muito cuidadoso com os pneus no começo”, contou para explicar a sua falta de velocidade. “Eu não sei o que aconteceu. Com aquele jogo de pneus (supermacios) eu simplesmente era muito lento.”
Heikki Kovalainen, da incipiente Caterham, o ultrapassou. Depois da parada, na 23.ª de 70 voltas, passou a ser mais rápido. “Com os pneus macios não era ruim. Mas o estrago já havia sido feito.” Bruno tem dentro da Williams a concorrência da nova promessa da Finlândia, Valtteri Bottas. Para Bruno ter o seu contrato renovado precisa obter resultados bem melhores do das últimas quatro etapas, em que marcou um ponto apenas.
Um comentário:
muito, muito mal...
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