* Por Luis Fernando Ramos
Se você era vivo, provavelmente não vai se lembrar do dia 18 de julho de 1970, até porque ele aconteceu há quase 42 anos. Foi o dia da estreia de Emerson Fittipaldi na Fórmula 1, no GP da Inglaterra daquele ano. Desde então, nunca houve uma corrida da categoria sem a participação de pelo menos um piloto brasileiro. Mas a chance disso acontecer no ano que vem é grande.
Os contratos de Felipe Massa e Bruno Senna com Ferrari e Williams, respectivamente, terminam no final do ano. E os resultados que os dois obtiveram nas sete primeiras corridas do ano não justificam de modo algum uma renovação. Massa obteve menos de 1/8 dos pontos conquistados pela Ferrari até agora e se o time é apenas o quarto colocado do Mundial de Construtores, a responsabilidade é toda dele.
Bruno Senna deve menos em relação ao companheiro de equipe, mas deve assim mesmo: tem praticamente a metade dos pontos de Pastor Maldonado. E a Williams está claramente preparando o bom piloto de testes Valteri Bottas para estrear no ano que vem. Na briga para ver quem ficaria ao lado de Bottas, o venezuelano tem nos muitos dólares que traz para a equipe e na vitória em Barcelona dois argumentos incontestáveis.
A falta de resultados é o ponto principal dessa conjuntura ruim da dupla de pilotos do país na Fórmula 1. Mas culpá-los pelo quadro desolador é passar milhares de quilômetros longe do alvo correto. Hoje, o Brasil é um país com um kartismo fragmentado demais e sem nenhuma categoria de base para monopostos. E a movimentação que se vê para mudar isso é nula, seja por parte da CBA ou das pessoas envolvidas na promoção de corridas. Ao invés de haver uma união, há brigas, dissidências e nenhum senso de se trabalhar, se sacrificando que seja, pelo bem comum de fortalecer o automobilismo como um todo.
Assim, 2013 pode ser apenas o primeiro de muitos anos sem brasileiros na Fórmula 1. Algo que um dos países do mundo mais apaixonados pela categoria não merecia passar. Para que isso não aconteça, vamos depender do esforço solitário de raríssimas exceções - talvez Felipe Nasr consiga chegar lá, provavelmente em 2014. Mas seria tão mais fácil se não tivessem destruído a base que havia no passado...
3 comentários:
O que mais se fala desse assunto nas mídias do gênero, é que enquanto não houverem dirigentes sérios no automobilismo nacional, preocupados realmente em promover o automobilismo, criar, incentivar e apoiar categorias de base, e prevalecer só a cartolagem, é daí pra pior.
A preocupação hoje é arrecadar, qq evento que se tentar promover, da-lhe taxas e mais taxas!
Aliás, "taxonas".
E esse dinheiro todo, vai pra onde?
isso infelismente é uma realidade que deveremos enfrentar,mas e ai galera?com o perdão da palavra: QUE SE FODA! gostamos ou não gostamos dessa porra chamada F1??? vai ser chato,MAS EU ESTAREI LA,SEMPRE.acredito eu que a maioria da nossa turma nao vai a interlagos so pra depois postar fotos nos facebooks da vida e se gabar perante os colegas que não tiveram a oportunidade de ir.levamtamos de madrugada,desmarcamos compromissos nos domingos de corrida,juntamos grana o ano inteiro para podermos naquele fim de semana especial,quase no finzinho do ano,juntar a galera e curtir aquilo que tanto nos fascina!!!
o "itu" não vai mais, ele ia só para gorar o rubinho... o stik também não vai mais, hehe!!!!
Postar um comentário