* Por Fábio Seixas
O impossível aconteceu.
“Estamos enfrentando dificuldades muito complexas.”
A frase é de Helmut Marko, o poderoso consultor da Red Bull, braço direito do dono, Dietrich Mateschitz, para questões de automobilismo.
Em entrevista ao “Salzburger Nachrichten”, da Áustria, ele disse mais.
“Só podemos solucionar essas dificuldades em conjunto com a Renault. É uma questão de todo o conjunto do motor. Estamos pulando de problema para problema, e nossa programação está atrasada.”
Questionado sobre as chances de os problemas serem resolvidos antes da abertura do Mundial, manteve a linha.
“Não dá para prever. Teremos novidades para a última bateria de testes no Bahrein, mas, como eu disse, é tudo muito complexo. Os outros times que usam motores Renault estão enfrentando problemas idênticos.”
Pessimismo? Ou realismo?
Fico com a segunda opção.
O problema, parece óbvio, é mais de motor do que de projeto. O que não alivia em nada. Um carro é um conjunto.
Nos últimos anos, Newey e companhia foram idolatrados, e muita gente esqueceu que havia um belo motor empurrando o modelos cor de berinjela e Vettel para seus quatro títulos.
Se o pepino estivesse nas mãos de Newey, eu apostaria numa recuperação rápida. Mas não. Está com os engenheiro de Viry-Châtillon.
E aí, meus amigos, o terreno é pantanoso, a Red Bull se vê nas mãos de outrem.
Dá para entender melhor o desespero de Marko.
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