segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Pronta para voltar a ser grande?*

* Por Luis Fernando Ramos


O anúncio feito de um novo patrocinador - a seguradora norte-americana Genworth - não foi o último da Williams antes do início da temporada. Em Jerez já era dado como certa a entrada da Martini como patrocinadora principal e também da Petrobras como parceira técnica e comercial. Felipe Nasr negocia para ser piloto reserva do time e poderia levar o apoio do Banco do Brasil. Numa era com tão pouco dinheiro entrando na F-1, o que estão fazendo em Grove é um feito e tanto.

Vale lembrar também que, neste ano, a Williams ainda vai contar com a multa paga pela PDVSA pela saída de Pastor Maldonado antes do final do contrato. Além de se livrar do errático venezuelano, o time está recebendo por isso. Num ano com um regulamento técnico tão diferente, o orçamento para desenvolver o carro está bem assegurado.

Mas não é só. Além da escolha pelos motores Mercedes ter sido uma ótima jogada, a Williams deve herdar também o “status” que a McLaren tinha como principal cliente dos motores alemães. Como se sabe, o time de Ron Dennis terá propulsores Honda a partir do ano que vem. Assim, a Mercedes deve concentrar seus esforços em seus carros e nos da Williams para coletar dados e melhorar a performance da nova unidade.

Além da finança em ordem e das boas perspectivas do motor, a equipe inglesa também se reforçou em várias frentes, com um novo diretor-técnico, novos engenheiros e com a chegada do brasileiro Felipe Massa.

Conversando com membros da equipe no teste na Espanha, deu para perceber como todas estas novidades criaram um clima de otimismo dentro do time. A Williams é uma equipe diferente, que sempre prezou o amor pelo puro automobilismo que sempre moveu seu fundador, Frank Williams.

Mas quem trabalha lá sofreu durante os anos em que o time foi chefiado por Adam Parr, que seguiu o caminho de trabalhar com pilotos pagantes de qualidade questionável. Agora, eles tem um jovem promissor e um piloto que veio de um longo período correndo numa equipe de ponta. O ânimo no rosto dos funcionários é visível.

Os ingredientes para voltar a crescer estão todos aí. A posição do time no final da temporada nos dirá se eles funcionaram. Desde 2004, ainda no período de parceria com a BMW, que a Williams não fica entre as quatro melhores equipes do ano - foi quarta colocada em 2007, mas só após a desclassificação da McLaren.

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