quarta-feira, 24 de outubro de 2012
É tudo ou nada para Alonso e a Ferrari na Índia*
* Por Lívio Oricchio
Fernando Alonso perdeu a liderança do campeonato porque somou 30 pontos nas três últimas corridas e Sebastian Vettel, com as três vitórias, 75. Nessas três provas Alonso foi terceiro em Cingapura e na Coreia e abandonou o GP do Japão. Em resumo, o piloto da Red Bull somou 45 pontos a mais em apenas três etapas. Ambos se apresentam para o GP da Índia, no próximo fim de semana, 17º do calendário, separados por seis pontos. Vettel soma 215 e Alonso, 209. O terceiro colocado no campeonato, Kimi Raikkonen, da Lotus, está distante, 167.
A Ferrari prepara o contra-ataque. Alonso e Felipe Massa vão dispor de uma versão do modelo F2102 bastante modificada para tentar aproximar sua performance da estabelecida pelo RB8-Renault da Red Bull a partir da corrida de Cingapura, início da arrancada impressionante de Vettel.
Quinta-feira, o piloto de testes da Ferrari, Davide Rigon, treinou com o F2012 na pista de testes espanhola de Idiada, localizada perto do Circuito da Catalunha. É um traçado oval com duas longas retas. O regulamento da Fórmula 1 permite o teste apenas em linha reta. Nikolas Tombazis, coordenador do projeto italiano, introduziu novidades nos aerofólios dianteiro e traseiro, nas tomadas de ar dos freios, na porção final do assoalho e no posicionamento dos terminais de escape.
Segundo o diretor geral da Ferrari, Stefano Domenicali, as alteração são “pequenas, detalhes, apenas”. Alonso usa sempre o mesmo discurso dissuasivo: “Nada de relevante”. A realidade, porém, é outra. A Ferrari aposta que com o conjunto de novos componentes incorporados ao F2012 Alonso possa melhora sua colocação na definição do grid bem como impor alguma resistência a uma nova vitória de Vettel.
A concentração de interesse nesse pacote técnico é tanta, e não poderia ser diferente, que os estudos não foram realizados no túnel de vento da Ferrari, em Maranello. Apesar de recalibrado no fim de 2010, Tombazis e seus engenheiros descobriram haver incompatibilidade entre os dados apurados no túnel e os verificados na prática. “As novas peças não melhoraram o carro e tivemos de voltar atrás”, disse Alonso, no Japão.
Faz quatro corridas que os novos componentes experimentados por Alonso e Massa não levam o F2012 ser mais veloz. Para provavelmente confirmar as deficiências atuais do túnel projetado pelo arquiteto Renzo Piano ainda em 1997, Tombazis trabalhou no túnel da ex-equipe Toyota, em Colônia, na Alemanha. Agora, portanto, é tudo ou nada para Alonso. É difícil acreditar que haverá nova chance por não haver tempo disponível para novos estudos e produção das peças.
A natureza das mudanças é bem maior da anunciada por Domenicali e Alonso. Também não procede a informação de que os 5.141 metros do circuito de Buddh, na periferia de Nova Delhi, se assemelham bastante aos 5.615 metros da pista de Yeongam, na Coreia. A Red Bull pode até dominar o GP da Índia como fez na etapa da Coreia, mas não será por causa das similaridades entre um e outro traçado. Percorri os dois junto com o projetista, Herman Tilke, e engenheiros de sua empresa.
O da Índia é extraordinário, com sua topografia acidentada. São aclives e declives, criados artificialmente, curvas rápidas e a área de tomada de duas curvas muito larga. É possível escolher trajetória. Tilke concebeu a maior parte dos circuitos do calendário, hoje, mas infelizmente criou pista seletiva, capaz de arrancar elogios dos pilotos, apenas em três deles: Malásia, Turquia e Índia. As referências sobre o trabalho em Austin, no Texas, são também muito promissoras. A corrida nos EUA será dia 18 de novembro, penúltima do calendário.
Fernando Alonso perdeu a liderança do campeonato porque somou 30 pontos nas três últimas corridas e Sebastian Vettel, com as três vitórias, 75. Nessas três provas Alonso foi terceiro em Cingapura e na Coreia e abandonou o GP do Japão. Em resumo, o piloto da Red Bull somou 45 pontos a mais em apenas três etapas. Ambos se apresentam para o GP da Índia, no próximo fim de semana, 17º do calendário, separados por seis pontos. Vettel soma 215 e Alonso, 209. O terceiro colocado no campeonato, Kimi Raikkonen, da Lotus, está distante, 167.
A Ferrari prepara o contra-ataque. Alonso e Felipe Massa vão dispor de uma versão do modelo F2102 bastante modificada para tentar aproximar sua performance da estabelecida pelo RB8-Renault da Red Bull a partir da corrida de Cingapura, início da arrancada impressionante de Vettel.
Quinta-feira, o piloto de testes da Ferrari, Davide Rigon, treinou com o F2012 na pista de testes espanhola de Idiada, localizada perto do Circuito da Catalunha. É um traçado oval com duas longas retas. O regulamento da Fórmula 1 permite o teste apenas em linha reta. Nikolas Tombazis, coordenador do projeto italiano, introduziu novidades nos aerofólios dianteiro e traseiro, nas tomadas de ar dos freios, na porção final do assoalho e no posicionamento dos terminais de escape.
Segundo o diretor geral da Ferrari, Stefano Domenicali, as alteração são “pequenas, detalhes, apenas”. Alonso usa sempre o mesmo discurso dissuasivo: “Nada de relevante”. A realidade, porém, é outra. A Ferrari aposta que com o conjunto de novos componentes incorporados ao F2012 Alonso possa melhora sua colocação na definição do grid bem como impor alguma resistência a uma nova vitória de Vettel.
A concentração de interesse nesse pacote técnico é tanta, e não poderia ser diferente, que os estudos não foram realizados no túnel de vento da Ferrari, em Maranello. Apesar de recalibrado no fim de 2010, Tombazis e seus engenheiros descobriram haver incompatibilidade entre os dados apurados no túnel e os verificados na prática. “As novas peças não melhoraram o carro e tivemos de voltar atrás”, disse Alonso, no Japão.
Faz quatro corridas que os novos componentes experimentados por Alonso e Massa não levam o F2012 ser mais veloz. Para provavelmente confirmar as deficiências atuais do túnel projetado pelo arquiteto Renzo Piano ainda em 1997, Tombazis trabalhou no túnel da ex-equipe Toyota, em Colônia, na Alemanha. Agora, portanto, é tudo ou nada para Alonso. É difícil acreditar que haverá nova chance por não haver tempo disponível para novos estudos e produção das peças.
A natureza das mudanças é bem maior da anunciada por Domenicali e Alonso. Também não procede a informação de que os 5.141 metros do circuito de Buddh, na periferia de Nova Delhi, se assemelham bastante aos 5.615 metros da pista de Yeongam, na Coreia. A Red Bull pode até dominar o GP da Índia como fez na etapa da Coreia, mas não será por causa das similaridades entre um e outro traçado. Percorri os dois junto com o projetista, Herman Tilke, e engenheiros de sua empresa.
O da Índia é extraordinário, com sua topografia acidentada. São aclives e declives, criados artificialmente, curvas rápidas e a área de tomada de duas curvas muito larga. É possível escolher trajetória. Tilke concebeu a maior parte dos circuitos do calendário, hoje, mas infelizmente criou pista seletiva, capaz de arrancar elogios dos pilotos, apenas em três deles: Malásia, Turquia e Índia. As referências sobre o trabalho em Austin, no Texas, são também muito promissoras. A corrida nos EUA será dia 18 de novembro, penúltima do calendário.
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