* Por Bruno Vicaria
Estava tudo muito calmo no mundo da Fórmula 1. Mas nós sabíamos que era questão de tempo para que alguma confusão brotasse. Sempre aparece, de alguma forma, algo polêmico, uma vez que a F-1, pra se sustentar, precisa ser algo que chame a atenção da mídia fora do período de corridas.
Em Mônaco, veio a grande "vedete" do ano: os testes secretos da Mercedes com pneus Pirelli em Barcelona com o carro de 2013 antes da corrida no Principado. O que gerou, com razão, manifestações iradas das outras equipes.
Se tem uma coisa nesse tempo todo que eu entendi é que equipe de F-1 é como partido político. Se a coisa é em prol dela, ela fica quietinha e age conforme a banda toca; se é contra, fazem de tudo para tornar ilegítimo o "benefício" do outro. Sendo justo ou injusto, eles protestam (ou se beneficiam).
Apesar de todo esse festival de reclamações, protestos, data de audiência e etcetera, a Mercedes melhou quase nada por conta disso. Venceu em Mônaco mais pelas circunstâncias (é um carro bom de classificação, e largar na frente em Monte Carlo é primordial) e pela pista (ninguém conseguiu passar Rosberg). Em Montreal, viraram presa fácil de Red Bull e Ferrari.
Outra coisa importante: essa é a primeira vez que o presidente da FIA, Jean Todt, lidará com algo delicado em relação à Fórmula 1 e suas equipes. Como será que ele vai se portar? Qual será sua decisão? De qual lado que ele vai ficar? Da equipe que lhe deu o status de mito e melhor chefe de equipe dos últimos 20 anos da F-1 (Ferrari, endossada pela Red Bull)? Ou de seu grande parceiro, a peça essencial para que ele conduzisse a Ferrari a tantas glórias (Brawn, que tem o suporte de Michael Schumacher, outra peça vital para o sucesso de Todt)?
Dia 20 teremos a resposta. Ou não.
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