terça-feira, 25 de junho de 2013
Como fica a questão de Interlagos?*
* Por Luis Fernando Ramos
Num momento em que o País está se movendo para repensar os seus investimentos, vale uma reflexão sobre Interlagos em meio à situação dos autódromos no Brasil. Hoje, o Rodrigo Mattar destacou em seu blog que o Autódromo Internacional de Curitiba deve fechar em 2015, cedendo seu espaço para a construção de condomínios. Ele era administrado de forma privada. Ao mesmo tempo, a pista paulistana tem uma reforma para acontecer em breve, de acordo com a promessa feita pelo prefeito Fernando Haddad no mês de abril. Mas vale a pena investir tanto apenas para que o circuito esteja tinindo durante a semana do GP do Brasil de Fórmula 1, ficando abandonado ao crescimento do mato no resto do ano? Será que ele levará a reforma adiante, depois da reação popular diante dos gastos feitos em estádios de futebol para a Copa do Mundo?
A realidade de Interlagos, infelizmente, é muito triste. Há muito anos que ele é “depenado” após a prova da F-1. Nos dias, semanas seguintes, pula-se o muro para levar o que é de valor: cabos de cobre, torneiras, o que for. Até por isso a própria prefeitura desmonta boa parte do material, para recolocá-lo na época mais próxima à corrida. Para o Américo Teixeira Júnior, é “uma indecência” investir em autódromos públicos sendo que há coisas muito mais importantes para se dar à população. Ele destaca também em seu blog o espaço que os autódromos particulares vêm ganhando no País.
Eu tenho uma visão diferente. O problema de Interlagos é não ter seguido o conceito de seu projeto original. Com um estádio, umas quadras de tênis e uma piscina, o circuito traria também uma praça esportiva para uso público. A reforma que deve acontecer, na verdade, deveria ser usada para isso: transformar aquele espaço numa enorme área de lazer para a população da região.
Ou até mais. As instalações atuais poderiam muito bem ser adaptadas para o surgimento de uma escola pública. E ainda sobraria espaço para a construção de quadras esportivas, áreas para a prática de skate, para brinquedos de crianças menores. Daria para planejar também uma maneira do circuito receber grandes eventos e shows musicais, como já acontece em Nürburgring, por exemplo, com o Rock Am Ring, que é um absoluto sucesso.
Tornar Interlagos uma área multi-uso para a população local otimizaria o investimento necessário para a reforma e, sendo a área pública, inibiria os furtos que hoje acontecem. Na visão de quem mora ali perto, o circuito fica como uma área fechada para a prática esportiva exclusiva de gente muito endinheirada onde eles não são aceitos. É uma área pública com cara de propriedade particular. A chance de mudar isso está aí. É só pensar e fazer uma obra bem planejada e bem executada.
Concordam?
Num momento em que o País está se movendo para repensar os seus investimentos, vale uma reflexão sobre Interlagos em meio à situação dos autódromos no Brasil. Hoje, o Rodrigo Mattar destacou em seu blog que o Autódromo Internacional de Curitiba deve fechar em 2015, cedendo seu espaço para a construção de condomínios. Ele era administrado de forma privada. Ao mesmo tempo, a pista paulistana tem uma reforma para acontecer em breve, de acordo com a promessa feita pelo prefeito Fernando Haddad no mês de abril. Mas vale a pena investir tanto apenas para que o circuito esteja tinindo durante a semana do GP do Brasil de Fórmula 1, ficando abandonado ao crescimento do mato no resto do ano? Será que ele levará a reforma adiante, depois da reação popular diante dos gastos feitos em estádios de futebol para a Copa do Mundo?
A realidade de Interlagos, infelizmente, é muito triste. Há muito anos que ele é “depenado” após a prova da F-1. Nos dias, semanas seguintes, pula-se o muro para levar o que é de valor: cabos de cobre, torneiras, o que for. Até por isso a própria prefeitura desmonta boa parte do material, para recolocá-lo na época mais próxima à corrida. Para o Américo Teixeira Júnior, é “uma indecência” investir em autódromos públicos sendo que há coisas muito mais importantes para se dar à população. Ele destaca também em seu blog o espaço que os autódromos particulares vêm ganhando no País.
Eu tenho uma visão diferente. O problema de Interlagos é não ter seguido o conceito de seu projeto original. Com um estádio, umas quadras de tênis e uma piscina, o circuito traria também uma praça esportiva para uso público. A reforma que deve acontecer, na verdade, deveria ser usada para isso: transformar aquele espaço numa enorme área de lazer para a população da região.
Ou até mais. As instalações atuais poderiam muito bem ser adaptadas para o surgimento de uma escola pública. E ainda sobraria espaço para a construção de quadras esportivas, áreas para a prática de skate, para brinquedos de crianças menores. Daria para planejar também uma maneira do circuito receber grandes eventos e shows musicais, como já acontece em Nürburgring, por exemplo, com o Rock Am Ring, que é um absoluto sucesso.
Tornar Interlagos uma área multi-uso para a população local otimizaria o investimento necessário para a reforma e, sendo a área pública, inibiria os furtos que hoje acontecem. Na visão de quem mora ali perto, o circuito fica como uma área fechada para a prática esportiva exclusiva de gente muito endinheirada onde eles não são aceitos. É uma área pública com cara de propriedade particular. A chance de mudar isso está aí. É só pensar e fazer uma obra bem planejada e bem executada.
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