* Por Lívio Oricchio
Há um consenso na Fórmula 1 de que as três próximas etapas do campeonato, antes das férias de agosto, vão ser decisivas. Primeiro porque devem deixar mais claro quem vai lutar pelo título nas nove corridas restantes. E depois, em razão de os resultados nessas provas, Grã-Bretanha, dia 30, Alemanha, 7, e Hungria, 28, servirem de referência para as equipes entenderem o que mais valerá a pena fazer, se continuar investindo no carro deste ano ou parar seu desenvolvimento a fim de concentrar as energias e recursos no complexo projeto de 2014.
“Acredito que muita gente vai focalizar seu interesse já no Mundial do ano que vem”, disse ao Estado Stefano Domenicali, diretor da Ferrari. Niki Lauda, sócio e diretor da Mercedes, pensa de forma distinta. “Entre os grandes todos vão procurar tornar seus carros mais rápidos até o fim do campeonato. Temos gente trabalhando no carro de 2014.” Mas reconhece que a disputa do título ficará mais evidente quando a Fórmula 1 entrar em férias. “Não acredito nisso, mas se Sebastian (Vettel) abrir uma diferença maior será muito difícil para nós evitarmos de ele ser quatro vezes seguidas campeão do mundo.”
O piloto alemão da Red Bull já está 36 pontos na frente de Fernando Alonso, da Ferrari (132 a 96) e seu carro, RB9-Renault, na média é o mais eficiente da competição. “Tudo depende de acharmos o acerto que fará os pneus trabalharem na sua temperatura ideal de aderência. Se você consegue tudo muda, o carro se torna rápido e o desgaste dos pneus, menor”, explicou Adrian Newey, diretor técnico da Red Bull ao Estado, depois de Vettel vencer o GP do Canadá, dia 9.
Vettel e Newey têm a seu favor para ampliar a já importante vantagem no campeonato a escolha conservadora da Pirelli para essas três próximas etapas. A Red Bull produz melhor com pneus mais duros. Em Silverstone, serão os duros e os macios. Em Nurburgring, médios e macios, e em Hungaroring, duros e médios.
Já que a Pirelli foi proibida de treinar com os modelos atuais para aumentar um pouco a vida útil de seus pneus, porque Lotus, Ferrari e Force India não concordaram com a mudança dos pneus, e precisaria haver unanimidade, sua saída foi optar por pneus mais duros, naturalmente mais resistentes. A Lotus, quem melhor administra o desgaste dos pneus atuais, foi quem mais criticou as escolhas, pois os pneus mais duros reduzem a importância de seu ponto mais forte.
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