terça-feira, 15 de janeiro de 2013
Concorrência para os pagantes*
* Por Julianne Cerasoli
O Brasil tem a chance real de começar a temporada 2013 com apenas um piloto no grid da Fórmula 1. Nenhuma novidade para um país em que as categorias de base de monopostos não conseguem sobreviver. Porém, a F-1 está recheada de exemplos de pilotos na mesma situação, mas ajudados pela iniciativa privada. Afinal, com o apoio financeiro, é possível ir até onde pode-se ganhar experiência.
O exemplo mais próximo de um Perez, um Maldonado ou mesmo um Bottas por aqui é Felipe Nasr, que vai para seu segundo ano de GP2 vindo de títulos na Alemanha e na contando com o contínuo apoio de empresas brasileiras, especialmente o Banco do Brasil.
Nasr, que saiu do Brasil aos 16 anos direto do kart, espera ter como grande rival pelo título um inglês fruto de uma interessante fábrica de jovens talentos. James Calado é um dos filhos pródigos do Racing Steps Foundation, entidade que, desde 2007, busca jovens talentos no automobilismo e no motociclismo no Reino Unido.
A fundação, privada e sem fins lucrativos, é mantida por um empresário do ramo de commodities, Graham Sharp, fanático por automobilismo e conhecido por suas obras de caridade. John Surtees, único campeão mundial das motos e da F-1, é o embaixador e olheiro. A seriedade da empreitada atraiu o apoio de equipes de tradição das categorias de base, como a Carlin e a ART, garantindo que os pilotos escolhidos tenham boa estrutura para se desenvolver. Outra preocupação é com a formação escolar dos meninos, uma vez que a Racing Steps trabalha com promessas desde o kart.
Para 2013, por enquanto foram anunciados quatro pilotos. Além de Calado, que faz seu segundo ano na GP2, o campeão da F-3 International, Jack Harvey, vai para a GP3. Campeão da Formula Renault NEC e vencedor do prêmio McLaren Autosport BRDC, Jake Dennis subirá para a Eurocup Formula Renault 2.0. Já John McPhee estará na Moto3.
O primeiro “graduado” da iniciativa, criada em 2007, é Oliver Turvey, hoje piloto de testes da McLaren. Mas tudo indica que Calado, estreante do ano na GP2 ano passado, será o primeiro grande fruto do Racing Steps. Curiosamente, o inglês foi vice campeão de dois pilotos que hoje estão na F-1 (de Vergne na F-3 Britânica em 2010 e de Bottas na GP3 em 2011). Em ambas as categorias, fez apenas um ano antes de seguir adiante e agora terá, na GP2, um teste com as vantagens e pressões de ser badalado como candidato ao título em sua segunda temporada.
Trata-se de uma história semelhante à de Lewis Hamilton que, se dependesse apenas do paitrocínio mesmo nos tempos de kart, estaria hoje no sofá de casa. Calado é outro menino de família humilde para os padrões britânicos e, sem o Racing Steps, muito provavelmente seria limado do automobilismo mesmo antes que pudesse mostrar serviço. A diferença em relação aos tempos de Hamilton é que a gastança de empresas ligadas à F-1, com exceção da Red Bull, com programas de desenvolvimento é coisa do passado, diminuindo a possibilidade de jovens que não tenham apoio de grandes empresas de seus países.
É nessa lacuna que o Racing Steps entra: ao invés de concorrer na “compra” de vagas, o programa busca preparar os pilotos para que eles gerem interesse de boas equipes e, assim, possam mostrar serviço para ir adiante. É a prova, que poderia muito bem ser copiada por aqui para que o exemplo de Nasr não fosse único, de que não é só de caminhões de dinheiro que se vive no automobilismo.
O Brasil tem a chance real de começar a temporada 2013 com apenas um piloto no grid da Fórmula 1. Nenhuma novidade para um país em que as categorias de base de monopostos não conseguem sobreviver. Porém, a F-1 está recheada de exemplos de pilotos na mesma situação, mas ajudados pela iniciativa privada. Afinal, com o apoio financeiro, é possível ir até onde pode-se ganhar experiência.
O exemplo mais próximo de um Perez, um Maldonado ou mesmo um Bottas por aqui é Felipe Nasr, que vai para seu segundo ano de GP2 vindo de títulos na Alemanha e na contando com o contínuo apoio de empresas brasileiras, especialmente o Banco do Brasil.
Nasr, que saiu do Brasil aos 16 anos direto do kart, espera ter como grande rival pelo título um inglês fruto de uma interessante fábrica de jovens talentos. James Calado é um dos filhos pródigos do Racing Steps Foundation, entidade que, desde 2007, busca jovens talentos no automobilismo e no motociclismo no Reino Unido.
A fundação, privada e sem fins lucrativos, é mantida por um empresário do ramo de commodities, Graham Sharp, fanático por automobilismo e conhecido por suas obras de caridade. John Surtees, único campeão mundial das motos e da F-1, é o embaixador e olheiro. A seriedade da empreitada atraiu o apoio de equipes de tradição das categorias de base, como a Carlin e a ART, garantindo que os pilotos escolhidos tenham boa estrutura para se desenvolver. Outra preocupação é com a formação escolar dos meninos, uma vez que a Racing Steps trabalha com promessas desde o kart.
Para 2013, por enquanto foram anunciados quatro pilotos. Além de Calado, que faz seu segundo ano na GP2, o campeão da F-3 International, Jack Harvey, vai para a GP3. Campeão da Formula Renault NEC e vencedor do prêmio McLaren Autosport BRDC, Jake Dennis subirá para a Eurocup Formula Renault 2.0. Já John McPhee estará na Moto3.
O primeiro “graduado” da iniciativa, criada em 2007, é Oliver Turvey, hoje piloto de testes da McLaren. Mas tudo indica que Calado, estreante do ano na GP2 ano passado, será o primeiro grande fruto do Racing Steps. Curiosamente, o inglês foi vice campeão de dois pilotos que hoje estão na F-1 (de Vergne na F-3 Britânica em 2010 e de Bottas na GP3 em 2011). Em ambas as categorias, fez apenas um ano antes de seguir adiante e agora terá, na GP2, um teste com as vantagens e pressões de ser badalado como candidato ao título em sua segunda temporada.
Trata-se de uma história semelhante à de Lewis Hamilton que, se dependesse apenas do paitrocínio mesmo nos tempos de kart, estaria hoje no sofá de casa. Calado é outro menino de família humilde para os padrões britânicos e, sem o Racing Steps, muito provavelmente seria limado do automobilismo mesmo antes que pudesse mostrar serviço. A diferença em relação aos tempos de Hamilton é que a gastança de empresas ligadas à F-1, com exceção da Red Bull, com programas de desenvolvimento é coisa do passado, diminuindo a possibilidade de jovens que não tenham apoio de grandes empresas de seus países.
É nessa lacuna que o Racing Steps entra: ao invés de concorrer na “compra” de vagas, o programa busca preparar os pilotos para que eles gerem interesse de boas equipes e, assim, possam mostrar serviço para ir adiante. É a prova, que poderia muito bem ser copiada por aqui para que o exemplo de Nasr não fosse único, de que não é só de caminhões de dinheiro que se vive no automobilismo.
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