Em meio a especulações sobre o seu futuro na Indy, Rubens Barrichello declarou que ainda não desistiu de voltar à F1. O piloto de 40 anos é o que tem mais corridas na história da categoria, com 322 GPs, e ficou de fora no final da última temporada, quando perdeu seu lugar na Williams, informa o site Tazio.
Em entrevista à revista alemã “Auto Motor und Sport”, o piloto brasileiro afirmou que acredita que ainda pode ter espaço na F1 e que a Williams estaria ainda melhor em 2012 caso ele tivesse continuado.
“Ainda acho que existe um caminho de volta [à F1]”, afirmou. “Meu coração sangra de que não estar lá. Passei perto. Não me entenda mal. Estou contente de estar pilotando aqui [na Indy] e não me vejo como vítima. Acho que é uma pena pela Williams, pois acho que eu realmente teria uma ótima temporada este ano. Não apenas eu, a equipe. A Williams se beneficiaria comigo”, continuou.
Barrichello explicou que chegou a correr atrás de verba para ajudar a equipe e para manter a sua vaga, mas que não conseguiu competir com o dinheiro trazido por Bruno Senna, que acabou ficando com o lugar. Mesmo assim, ele diz que está contente que foi o seu compatriota que tenha ficado no time.
“Os engenheiros e mecânicos presumiam que eu iria pilotar [em 2012]”, disse. Claro que tinham rumores de que a Williams precisava de dinheiro, mas eu coloquei algum dinheiro junto com o meu patrocinador, a BMC. Não tenho ideia de quanto Bruno trouxe no final. Provavelmente, Adam Parr [ex-diretor executivo da Williams] não me queria mais. Eu perdi o meu cockpit e foi tarde demais para alternativas.”
Ele ainda elogiou o trabalho de Senna, mas disse que com um companheiro mais experiente, ele poderia estar conseguindo se desenvolver melhor.
“Fiquei contente por ele pelo o seu sétimo lugar na Hungria. Ele fez uma ótima corrida. Como eu disse, se eu fosse o seu companheiro de equipe, ele poderia estar tirando mais dele. Ele tem pouca experiência e ele poderia estar pegando comigo. Ele ainda precisa de alguém para resolver os pequenos problemas.”
“Eu estaria sendo um companheiro de equipe como professor para Senna, Bottas e Maldonado. Comigo, eles estariam fazendo mais do que estão agora. Olhe para Maldonado, ele teve menos acidentes no ano passado do que este ano. Pastor é muito rápido, mas, comigo ao seu lado, ele corre de uma forma mais controlada.”
O brasileiro ainda apontou a mudança do motor como um dos principais fatores para a melhora da Williams este ano e diz que já sabia que o carro iria evoluir.
“Sim, pois entendemos os problemas no ano passado. E porque as novas pessoas [contratadas para parte técnica do time] são boas. A mudança para o Renault fez uma grande diferença, é uma grande vantagem em termos de dirigibilidade.”
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