quarta-feira, 9 de maio de 2012

O FIM DO SETOR G?

A SPTuris, empresa que administra o Autódromo de Interlagos, se reuniu nesta quarta-feira (9) com a Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana e Obras, promotores e federações para falar sobre um plano de reforma no circuito paulista, informa o site Grande Prêmio.

As obras, que fazem parte da segunda fase de melhorias no traçado por parte da Prefeitura, preveem uma nova área de boxes na reta oposta, um novo acesso ao público, a intenção de construir uma pista de arrancada, uma arena de eventos, melhorias no kartódromo, uma ciclovia e um parque público.

A mudança nos boxes, no entanto, é uma mudança que visa exclusivamente a F1, com os espaços antigos sendo utilizados em provas nacionais e regionais. Assim como aconteceu em Silverstone, haverá mudança na posição de largada.

Em relação a Curva do Café, a FIA não se opôs a reforma e deixou a cargo da Prefeitura a realização ou não da obra. Agora, a administração municipal vai analisar e ver a viabilidade de fazer duas coisas: uma área de escape e a construção de uma chicane do lado direito (externo) da pista. O problema da área de escape é o espaço: não tem os 50 m exigidos, apenas 15 m, o que afetaria a Av. Interlagos. Desta forma, a chicane surge como solução mais viável, apesar de ser mais cara aos cofres públicos. A chicane não mudaria o traçado atual, e a prefeitura quer dar início ao processo de licitação já em junho.

Optando pela chicane, a ideia é fazê-la no início da subida do Café. Max Wilson e Felipe Giaffone, que estiveram presentes na coletiva de hoje no Anhembi, são favoráveis a ela.

Ainda não há um cronograma específico para início das obras. A SPTuris informou no Anhembi que tem a intenção de refazer o asfalto da pista no ano que vem. A última vez que houve o recapeamento foi em 2007.

O planejamento prevê já para este ano o início das obras. A reta de arrancada será feita ao lado da oposta, na área que pertencia à grande reta do velho Interlagos. Todo o acesso ao autódromo será transferido para o portão 9 e o setor G para encurtar a distância entre a entrada nova e a estação Autódromo da linha 9 – Esmeralda da CPTM. A proposta ainda inclui uma arquibancada reversível para a nova reta principal e a pista de arrancada.

As novas obras de Interlagos estão inclusas num projeto que vai durar dez anos. O primeiro plano diretor, que incluiu as reformas de pista e de paddock, levou sete anos para ser concluído – entre 2005 e 2012. Segundo as autoridades, a década deste segundo plano tem como meta deixar tudo pronto em termos de orçamentos para as novas gestões da prefeitura de São Paulo.

As obras dos boxes e a intervenção no Café aparecem como as primeiras a serem realizadas neste segundo plano diretor e precisam ser entregues até 2013 por conta do compromisso firmado com a F1. A fatídica curva tem prioridade porque vai precisar ficar pronta 90 dias antes da data do GP do Brasil para que a FIA possa fazer sua costumeira vistoria.

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