* Por Luis Fernando Ramos
O Grande Prêmio de Mônaco terminou como um retrato do início de campeonato mais equilibrado da história. Apenas seis segundos separaram o vencedor do sexto colocado na linha chegada. E foi um sexto vencedor diferente em seis corridas disputadas. O australiano Mark Webber fez valer a máxima de que não se consegue ultrapassar nas ruas do Principado para vencer pela oitava vez na carreira depois de ter largado da pole-position.
A ausência de ultrapassagens não diminui o fato da vitória ter tido sua dose de drama. Uma fina garoa nas voltas finais plantou inúmeras dúvidas na cabeça dos pilotos. Fui ouvir o australiano depois da corrida.
“Você nunca sabia se precisaria mudar o ponto de freada na curva seguinte. E eu era o primeiro da fila, então não foi fácil administrar todos esses fatores. Precisei de toda a minha experiência e de minha compostura nessa hora, mas foi um grande desafio e eu gostei. Foi uma vitória especial”, celebrou Webber, que já havia vencido em Mônaco em 2010.
A parte inicial da prova não foi das mais emocionantes e o principal destaque dela foi Sebastian Vettel, que usou de uma estratégia distinta de largar com pneus macios e usar os supermacios no final para pular de nono no grid para a quarta posição. A parte final formou um grupo de seis pilotos disputando a vitória e buscando caminho entre os retardatários, mas a natureza da pista impediu qualquer manobra mais ousada.
No saldo final, quem se deu bem foi Fernando Alonso, que assumiu a liderança de um Mundial equilibrado com a terceira colocação, atrás de Webber e de Nico Rosberg. “Nossa meta era terminar à frente de Sebastian (Vettel) e de Lewis (Hamilton) que estavam próximos de nós na tabela. A cada prova você se concentra em pilotos diferentes. O próximo será Mark (Webber), que agora está em segundo no Mundial”, apontou o espanhol.
Pela primeira vez no ano, uma corrida de Fórmula 1 termina com os dois pilotos brasileiros na zona de pontuação. Felipe Massa pôde celebrar em Mônaco seu melhor resultado em 2012, um sexto lugar. Mais do que isso, comemorar um final de semana que andou num ritmo bom, sempre muito próximo da performance do companheiro de equipe Fernando Alonso.
“Foi uma corrida boa e é bom voltar aos pontos. Tive uma prova sólida do começo ao fim e vamos buscar manter isso daqui para a frente. Estamos trabalhando para isso”, apontou Massa.
Bruno Senna terminou em décimo e voltou a pontuar depois de duas corridas em branco. Um fato que o animou depois de uma corrida que não lhe satisfez inteiramente. “Foi importante completar a corrida, especialmente nos pontos. Mas sofri muito com o Kimi (Raikkonen). Ele estava muito lento, tentei fazê-lo errar, mas aqui é muito difícil para ultrapassar”, afirmou o piloto da Williams sobre a briga pela nona colocação.
Com tanto equilíbrio, fica a torcida para que os dias até o GP da Canadá passem voando. É sempre uma das corridas mais legais do ano.
Um comentário:
Foi uma boa corrida, gostei do final..a possibilidade de chuva sempre dá um algo a mais...lembra muito Interlagos..foi uma emoção...sem falar do Tony Canaan fechando o domingo!
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