* Por Luis Fernando Ramos
A semana foi repleta de notícias sobre uma possível saída da Mercedes da Fórmula 1. O rumor surgiu na esteira do complicado cenário político que Bernie Ecclestone costurou para assegurar um novo Pacto da Concórdia, conseguindo quebrar a união entre as equipes ao acenar com prioridades para Ferrari, Red Bull e McLaren no caso de uma eventual entrada da categoria na Bolsa de Valores de Cingapura. E deixando a marca alemã de fora da jogada.
A cartada de Ecclestone é interessante. As equipes que ganharam o direito de fazer parte da diretoria dessa “Fórmula 1 S. A.” terão voz ativa em decisões importantes dentro da categoria, algo que almejavam quando estavam todas unidas na FOTA, a associação das equipes. Mas deixar a Mercedes e todas as outras de fora é um enorme erro.
Inevitavelmente, a categoria caminharia para um cenário que agradasse a estes três times, mas não necessariamente ao resto. Essa divisão no poderio político certamente criaria uma divisão esportiva, com três times imbatíveis em virtude de um conjunto de decisões que os favorecessem ao longo dos anos. Péssimo.
Uma boa solução para a Fórmula 1 estaria na DTM. O campeonato alemão de turismo tem em seu corpo diretivo a presença dos chefes de equipe das três marcas envolvidas. Qualquer decisão precisa ser aprovada por eles de forma unânime, garantindo que o interesse comum permaneça à frente. O resultado: um campeonato emocionante com corridas incríveis, como a de Lausitzring mostrou no último domingo.
A F-1 tem doze equipes, o que é um complicador. Mas só um quadro de igualdade a salvaria do cenário de três (ou quatro) times fortes e um resto que só faz número.
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