* Por Felipe Motta
Infelizmente, após tanta expectativa pelo grid galático que temos nesta temporada, o GP do Bahrein foi apático e gerou desconforto em fãs e membros dos times. Porém, após 3 corrida espetaculares, o interesse está garantido até o fim.
Mais do que lindas disputas na pista, em 2010 encontramos uma variedade incrível de pilotos na luta por vitórias e pódios. Com isso, temos uma matemática fascinante após 4 etapas.
Do primeiro ao sétimo a diferença é pequena e o oitavo, Mark Webber, também não se encontra distante.
Além do talento individual dos pilotos, observamos este ano uma situação praticamente única em relação aos Construtores. O equilíbrio é grande e são muitos os times excelentes/bons.
Vejamos: a luta por vitórias conta com quatro grandes forças – Red Bull, Ferrari, McLaren e Mercedes. Poucas vezes tivemos 8 pilotos com possibilidades reais de vitórias.
Mais: o bloco intermediário é muito sólido – Renault (na luta com Kubica), Force India, Williams, Sauber e Toro Rosso apresentam performances boas. Pense que Rubens Barrichello leva 1 segundo dos líderes, algo nada humilhante, e isso o deixa fora dos TOP TEN.
Não me recordo na F-1 de um ano em que houvesse um forte e volumoso grupo de carros mais rápidos e ainda assim a diferença não fosse monstruosa para os demais.
Nas últimas temporadas sempre tínhamos equipes saco de pancadas: Midland, Spyker, Minardi, Toro Rosso, Jordan… Este ano, exceção às novatas, e nada mais natural que levassem pau no primeiro ano, todos os demais times são trabalhadores e contam com alguma performance.
Sobre pilotos observamos inúmeras possibilidades. Até os menos badalados no conceito geral, Button, Massa, Rosberg, mostraram força logo no início. E estão no páreo.
Button: o inglês foi o único a vencer duas vezes. Menos “showman” que o companheiro, mostrou eficiência. Seu estilo de pilotagem suave encaixou-se com a nova cara da F-1, sem reabastecimento.
Rosberg: as dúvidas sobre seu verdadeiro potencial começam a ser respondidas. Mais do que bater Schumacher, está brigando com os demais com personalidade.
Alonso: chegou na Ferrari e adaptou-se imediatamente. Faltou-lhe a sorte em duas corridas e cometeu erro grosseiro em outra. Ainda assim, está próximo aos líderes e é boa aposta para vencer Mundial.
Hamilton: deu show em 3 provas, mas ainda assim está atrás do companheiro em pontos, o que realmente importa. Se conseguir largar em melhores posições, pode vencer. Ao contrário do companheiro, desgasta demais seus pneus e isso o prejudica no fim das provas.
Vettel: Tem o carro mais rápido nas mãos, mas ainda não é o mais confiável. Poderia estar disparado na frente, mas perdeu a chance e isso pode custar-lhe caro no fim do ano.
Massa: obteve bons resultados em corridas onde tradicionalmente falhava. Surpreendeu ao assumir a ponta do Mundial tão rapidamente, o que prova que está recuperado do acidente na Hungria. Seu ritmo ainda não é ideial, especialmente em treinos de classificação. Tem 3 corridas favoráveis pela frente.
Kubica: um show nas primeiras provas. Regular, sem erros e eficiente. Tem uma Renault que surpreende e tira tudo que o carro permite. Título será uma grande surpresa, mas deve somar bons pontos em todos os GPs.
Webber: não é da altura do companheiro. Tende, aos poucos, a ficar como escudeiro de Vettel.
Destes 8 pilotos, e mais algum se quiserem, quem está bem na disputa do título (podem citar mais de um)?
3 comentários:
Acho que estou vendo outro campeonato...
Vamos aguardar uma sequência de corridas sem chuva pra ver se continua toda essa "emoção" no campeonato.
Concordo com as corridas sem chuva. Só teve uma em condições normais. A conferir.
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