* Por Lívio Orícchio
Não foram poucas as vezes que, aqui, procurei expor a eficiência do trabalho de Felipe Massa, o piloto que mais evoluiu desde sua estreia na competição, dentre os que vi correr. Meu primeiro GP como jornalista foi o do Brasil, em 1987. E desde 1991 sigo praticamente todas as etapas do campeonato.
Desta vez, porém, meu comentário segue caminho oposto. O desempenho de Massa ontem em Xangai ficou muito abaixo do que se poderia esperar. Na conversa com o piloto depois da corrida, não houve lamentação alguma sobre comportamento difícil do carro em decorrência de problemas.
Massa não foi veloz, agressivo como algumas ocasiões a situação exigiu, e regular, a exemplo de suas últimas performances, sempre muito consciente e nos pontos. Sei que as comparações são, em geral, injustas. Nesse caso, no entanto, me parece ser uma referência importante.
Deixemos de lado o comportamento abominável de Fernando Alonso, para ser o primeiro a receber a troca de pneus, na ultrapassagem que contou com a boa vontade de Massa para ambos não colidirem. Mas você viram a prova do espanhol, com a mesma Ferrari?
Massa é capaz de desempenhos espetaculares também, como vimos na Malásia, há duas semanas, depois de estar com os pneus macios. Mas seu histórico em competições em que as condições se alternam, seco, molhado, seco, molhado, Massa em vez de crescer, como seria de se esperar, como faz no seco, simplesmente some.
Se desde 2007 Massa se mostra rápido e constante, cresceu muito como piloto, aprendeu a ver a corrida globalmente, a ponto de quase ser campeão do mundo, com todos os méritos, agora é hora de parar e estudar, em detalhes, como fazer para crescer nessas provas de condições adversas.
Não é pecado olhar com o carinho que a situação exige o que os melhores, como Alonso, Lewis Hamilton, Jenson Button, realizam nesses momento, como reagem a cada mudança, e procurar aplicar esse conhecimento. Não se trata apenas de feeling do piloto. Também é uma questão de aprendizado. É o que lhe falta, ficou estampado ontem mais uma vez, para ser um piloto completo.
3 comentários:
de acordo, massa sempre é muito fraco na pista molhada...
Onde assino? rsrs
Massa só não pode começar a ser o politicamente correto, aí já era. Naquela entrada de box, como já disse num post aí pra trás, tinha deixado bater, aí sim o Alonso ia pensar duas vezes antes de fazer outra graça.
E tava fácil pra fazer só o espanhol se ferrar, naquela posição, era encaixar a roda dianteira esquerda dele na frente da traseira direita do Alonso. A Ferrari do espanhol ia subir, voar, e o Massa ia embora. O máximo que aconteceria, era nterditar a entrada dos boxes. E o espanhol ia ficar muuuuuuuito esperto na próxima.
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