quarta-feira, 30 de julho de 2008

STOCK CAR: DE PORTAS ABERTAS

Mesmo com um grid cada vez melhor, a Stock Car continua à espera de quem pode fazer desta uma categoria mais completa: Rubens Barrichello, Tony Kanaan e Cristiano da Matta.

Na tarde daquela terça-feira, em Interlagos, não houve quem não imaginasse um grid com aqueles dois pilotos que, pela primeira vez na vida, experimentavam a sensaçãode pilotar um carro de Stock Car. Era a tela de cronometragem, exibindo os nomes deTony Kanaan e Cristiano da Matta, que fazia o paddock inteiro se perguntar como seria ver ambos participando da primeira prova de 2006. Era novembro de 2005. Tony já era campeão da Fórmula Indy. Cristiano terminava seu primeiro ano fora da Fórmula 1.

Por uma série de motivos absolutamente compreensíveis pelo talento, idade e fama internacional dos dois, aquilo tudo não foi nada mais do que deveria ser: apenas umteste. Que, se não deu em nada num primeiro momento, pelo menos fez brilhar os olhos de quem se questionara como seria guiar um Stock Car. "Quando o Xandy Negrão, dono da equipe, me ligou convidando, aceitei na hora", contou Tony Kanaan, que guiou o carro da Medley-A. Mattheis.

Cristiano da Matta, que andou na JF, na época ainda não havia definido seu futuro. Falou até em “adiantar os planos” e correr na categoria ainda em 2006, se recebesse uma boa proposta. Ela jamais chegou, ele voltou para os Estados Unidos e, no meio daquela temporada, sofreria o grave acidente que o afastou das pistas por dois anos. Quanto ao teste, ele só reclamou do calor e da pilotagem “um pouco mais lenta queos carros de fórmula”.

Conclusão parecida com a que tirou Rubens Barrichello. O piloto, recordista de corridas disputadas na Fórmula 1, havia treinado com o carro pouco antes deles. Gostou, mas nunca mais voltou a falar no assunto. Tony em alta na Fórmula Indy, Cristiano voltando a correr nos Estados Unidos, Barrichello querendo esticar a permanência na Fórmula 1. Tudo faz o sonho de ver os três novamente dentro de um carro de Stock Car parecer distante. Distante, mas não impossível. Quem garante é o próprio Tony Kanaan. “Quando eu voltar a morar no Brasil, comcerteza a Stock Car é uma séria possibilidade. Mas acho que ainda tenho muita lenha para queimar nos Estados Unidos. Depois disso, posso imaginar, sim”.

E completa: “Houve uma melhora bem grande na parte de marketing e publicidade, de envolvimento com os fãs, além de eventos com os patrocinadores, isso tudo é um grande gol”. Pode ser, sim, um gol. Mas goleada, mesmo, só quando eles aparecerem em definitivo por aqui.

Fonte: Red Bulletin

2 comentários:

Igor * @fizomeu disse...

a stock de hoje ainda é muito pouco para pilotos desse nível... bernoldi, zonta e christian fittipaldi já notaram isso e saíram da stock para voltar a correr em "carros de verdade"...

mas, quem sabe um dia... talvez se preocupando mais com a qualidade técnica da competição e menos com o show (leia-se rede globo), a stock consiga atrair esses pilotos "top"...

Rodrigo Cabral disse...

O show anda falando mais forte na Stock Car...agora melhorando a infra estrutura dos autódromo, com o tempo vai aparecendo mais investidores e pilotos de grande porte.

Ainda fico imaginando, um circuito de rua no Rio, outro em Fortaleza e em Brasília....os caras tem que se aproximar mais do público...ao feito do Voleibol que atraí multidões de jovens de todas as idades.