Anteontem, a FASP anunciou em seu site que, em represália contra a SPTuris, órgão da prefeitura que administra Interlagos, abandonará o kartódromo em 2008.
Trecho da nota: "A empresa transformou a tradicional praça esportiva em um 'verdadeiro parque de diversões e local de provas piratas', como a realizada no último sábado, 22 de março. Sendo assim, a FASP decidiu transferir todos os eventos de seu calendário, antes marcados para o Kartódromo Ayrton Senna, para o Kartódromo Schincariol, em Itu, com a manutenção de todas as datas."
O contra-ataque veio ontem, em carta assinada por Roberto Seixas, o gestor do autódromo.
É uma aula. Entre outros pontos, a SPTuris esclarece que não realiza provas, que a Linea não é "pirata", como apregoa a CBA, e destaca os descontos que concede à mal-agradecida Fasp.
"A SPTuris, empresa responsável pela administração do Autódromo de Interlagos, esclarece que uma das principais preocupações desta gestão é transformar o espaço em um local atualizado, moderno e seguro por meio de diversas obras realizadas há três anos pela prefeitura e, principalmente, transformá-lo em um equipamento rentável e auto-sustentável.
Para tanto, realiza, além dos eventos automobilísticos, que têm a total prioridade desta administração, outros, que garantam subsídios próprios para a atualização e conservação de todo o espaço, que soma mais de um milhão de metros quadrados.
Tanto é verdade, que a FASP (Federação de Automobilismo de São Paulo), para a realização de provas tanto na pista oficial do autódromo (10 por ano), quanto no kartódromo Ayrton Senna (3 por ano) tem preços diferenciados, concedido pela SPTuris para que não haja inviabilização das categorias de base do automobilismo brasileiro (os valores cobrados são: R$ 8,75 mil para pista e R$ 1,65 mil para o kartódromo, ambos para 3 dias de prova). Para efeito de comparação, uma empresa para realizar um evento de período idêntico no autódromo, desembolsa R$ 69 mil. Uma etapa do campeonato nacional tem custo de R$ 43,8 mil.
Nesta semana, a FASP acusou a SPTuris de realizar 'provas piratas' em seu espaço e ainda transformar o local em 'parque de diversões', fatos que não procedem de nenhuma maneira.
A administradora do Autódromo José Carlos Pace não realiza provas, apenas loca espaços a toda e qualquer empresa, desde que a mesma apresente documentação legal, de acordo com a Constituição Federal e as leis em vigor no município, sendo ou não filiadas às associações de classe.
O evento citado pela entidade federal, prova de kart realizada em 22 de março pela Liga Nacional de Esportes Automotores (Linea Brasil) estava totalmente em conformidade com a legislação vigente e possuía ainda Agravo de Instrumento, que garantia sua realização, concedido em 13 de março deste ano, pela 14ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro.
Por fim, a São Paulo Turismo não se opõe, de forma alguma, ao retorno das provas da federação ao kartódromo."
É, ficou feio pra CBA e pra FASP. De novo.
Um comentário:
Adorei, estou aplaudindo de pé!!
Deram na cara deles, com luva de pelica!!
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